quarta-feira, 13/novembro
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Bradesco reduz projeções para inflação e juros

Hoje (7), o Bradesco divulgou seu relatório mensal para as projeções de inflação, juros e PIB (Produto Interno Bruto) para o próximo ano. Após o CMN (Conselho Monetário Nacional) manter o centro da meta em 3% a partir de 2024 até 2026, as expectativas ganharam ares mais otimistas.

Não é de hoje que o mercado prevê quedas na Selic e na inflação. Para o Bradesco, a perspectiva para a inflação caiu de 5,6% para 4,8% em 2023, um pouco acima do teto da meta, de 4,75%. Para 2024, a projeção recuou de 3,8% para 3,6%.

Segundo divulgado pelo Correio Braziliense, Fernando Honorato, economista-chefe da instituição financeira, o quadro para a inflação melhorou sensivelmente. “Esperamos que o IPCA termine o ano em 4,8%. No próximo ano, a inflação seguirá cadente e terminará em 3,6%”, avaliou.


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No relatório, Honorato destacou que o ciclo da Selic deve começar na próxima reunião do Copom, prevista para o início de agosto. Analistas do Bradesco revisaram as previsões para a taxa básica de juros, com expectativa de queda para 12% ao ano ainda em 2023. Em 2024, a projeção é de 9,75%. Em junho, as estimativas para a Selic eram de 12,25%, neste ano, e de 10%, no ano que vem.

PIB

Por outro lado, o Bradesco manteve as projeções de crescimento do PIB de 2023 e 2024 em 2,1% e 1,5%, respectivamente. O relatório aponta uma economia em tímida desaceleração este ano, com incertezas para 2024.

“A agropecuária ainda deve contribuir positivamente para o PIB do segundo trimestre, ao passo em que o mercado de trabalho deve perder impulso. Assim, a economia deve avançar 2,1% em 2023. A incerteza com o PIB do próximo ano ainda é elevada. Por ora, mantemos a projeção em 1,5%”, destacou Honorato.

O governo vem colocando suas forças na reforma tributária e medidas de elevação de arrecadação perante a expectativa de aprovação do novo arcabouço fiscal. Tais iniciativas podem ajudar o real a se valorizar e o dólar ficar abaixo dos R$ 5 previstos no relatório anterior, diz Honorato.

“O crescimento do PIB, a diminuição do risco de solvência e reformas ganhando tração, são fatores que contribuem para a valorização dos ativos brasileiros. Por isso, entendemos que a moeda brasileira seguirá próxima de R$ 4,80 até o final do ano que vem”, finalizou o economista.

(*) Crédito da foto: eduardosoares/Pixabay