Este foi o melhor mês de junho em seis anos, segundo Caged
O mês de junho gerou bons resultados para o mercado de trabalho brasileiro. No período, 48,4 mil vagas formais foram criadas, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os números líquidos foram divulgados hoje (25) pelo Ministério da Economia. De acordo com a pasta, este foi o melhor resultado para mês em seis anos.
Analistas da Reuters projetavam a abertura de 34 mil postos de trabalho, ou seja, os resultados superaram as expectativas de especialistas. No acumulado do primeiro semestre, foram criadas 408,5 mil vagas, apontou o Caged, desempenho mais forte para o período desde 2014 – quando foram criadas 588,6 mil oportunidades.
LEIA TAMBÉM
Para Bruno Dalcolmo, secretário de Trabalho do Ministério da Economia, os resultados acima do registrado em 2018 são indícios para melhores números em 2019. Em coletiva de imprensa, ele avaliou que a liberação de recursos do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço), cujas regras foram anunciadas pelo governo na véspera, devem impulsionar a economia e ajudar na criação de empregos.
“São medidas importantes para a retomada da saúde financeira das pessoas, dos consumidores simples. São medidas importantes para retomada da confiança do consumidor, para que as pessoas consigam pagar suas dívidas”, diz Dalcolmo segundo a Reuters.
Emprego: setores
Na primeira metade do ano, o saldo positivo do setor de serviços encabeçou o ranking divulgado pelo Caged, com 272,7 mil vagas criadas. Em contrapartida, o comércio fechou 88,7 mil postos de trabalho no mesmo período.
“A explicação que eu daria é o desempenho fraco da economia em geral. O comércio emprega pessoas de qualificação média, supermercados, pequenos comércios, e é onde mais a crise econômica é sentida”, avalia Mateus Stivali, assessor da Secretaria de Trabalho.
No trimestre até maio, a taxa de desemprego brasileira foi a 12,3% de 12,5% até abril e 12,7% no mesmo período em 2018 o número de desempregados no país ficou abaixo de 13 milhões pela primeira vez desde o início do ano. Mesmo com a melhoria, o mercado de trabalho mostra que ainda sofra com a deterioração econômica com números recordes de desalentados e subutilizados.
(*) Crédito da foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
