quinta-feira, 26/setembro
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Brasil avança em IA, mas enfrenta desafios na retenção de talentos

Um estudo recente revelou que Chile, Brasil e Uruguai lideram o uso de IA (Inteligência Artificial) na América Latina. Divugado pelo Globo, o relatório, elaborado pelo Cenia (Centro Nacional de Inteligência Artificial do Chile) com apoio da Cepal, mostra que, apesar do progresso, a região ainda está distante do nível de desenvolvimento de países do Hemisfério Norte. Um dos desafios principais é a retenção de profissionais especializados neste tipo de tecnologia, o que impacta o avanço em setores como a hotelaria.

O relatório destaca que os três países estão focados em expandir a IA em suas economias e sociedades. No entanto, a região carece de infraestrutura robusta e talentos suficientes para alcançar o mesmo nível de desenvolvimento observado em países como os Estados Unidos e europeus. Rodrigo Durán, diretor executivo do Cenia, afirmou que há “vontade e interesse pela tecnologia” na América Latina, mas falta uma sensação de urgência em implementar essas inovações de maneira mais abrangente.

Além disso, o Brasil, com uma pontuação de 69,3 no Ilia (Índice Latino-Americano de Inteligência Artificial), mantém-se à frente de vários países da região, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento de infraestrutura tecnológica e à capacitação de talentos especializados. Contudo, um dos principais desafios é a dificuldade em reter esses profissionais, pois muitos optam por buscar oportunidades fora da região, onde os recursos e incentivos são mais atrativos.


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Desafios na retenção de talentos especializados em IA

Embora o número de profissionais formados em IA tenha crescido na América Latina nos últimos anos, o estudo apontou que a região ainda está “muito abaixo dos números do Hemisfério Norte”. A fuga de talentos especializados tem sido um obstáculo significativo para o avanço contínuo na adoção e inovação da IA. Durán enfatizou que a falta de retenção desses profissionais é um problema crítico para o desenvolvimento sustentável da tecnologia.

A pesquisa sugere que, para superar essas barreiras, é necessário não apenas investir em infraestrutura, mas também criar programas e incentivos que promovam o desenvolvimento e a permanência de talentos especializados na região. O foco em inovação e pesquisa científica é outro fator que precisa ser intensificado para que a América Latina possa competir globalmente em IA.

Os países líderes na adoção de IA têm demonstrado um compromisso claro com a expansão dessas tecnologias em diversos setores da economia, mas ainda precisam enfrentar os desafios estruturais que limitam seu pleno potencial. A colaboração entre empresas privadas, governos e instituições de ensino será fundamental para o avanço na América Latina.

(*) Crédito da foto: Freepik