O Rio tem boas expectativas com a adoção do e-Visa
Implementada pelo governo federal em novembro passado, a política de facilitação de vistos para turistas estrangeiros vem dando resultado. Dados do Ministério das Relações Exteriores (MRE) mostram que, desde a adoção da medida, o País concedeu 24.553 e-Visas para os quatro países beneficiados: Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão. Só em fevereiro, por exemplo, houve crescimento de 76% no total de emissões.
No mês passado, entre vistos tradicionais e eletrônicos, foram emitidas 25.604 autorizações, das quais 72% foram e-Visas. Os americanos foram os que mais aproveitaram a facilidade, com 13.358 emissões, seguidos por australianos (2.170), canadenses (1.769) e japoneses (1.031). Os Estados Unidos lideram também o número de e-Visas processados (14.654), seguido de Austrália (6.221), Canadá (2.315) e Japão (1.363).
e-Visa
A adoção do e-Visa faz parte do Brasil + Turismo, programa criado pelo MTur (Ministério do Turismo) para estimular o setor de viagens no país. A meta da pasta é chegar a 12 milhões de turistas estrangeiros em 2022. No Rio de Janeiro, por exemplo, as expectativas são muito positivas.
Para Manuel Gama, presidente do FOHB (Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil), a iniciativa da criação do e-Visa é fantástica, porém é preciso que a Embratur fortaleça a divulgação do benefício. "O visto eletrônico é fundamental para ultrapassarmos a marca de 6 milhões de turistas internacionais. É preciso, entretanto, fazer uma campanha de divulgação para que o contingente seja o maior possível", avalia.
Gama também ressalva a importância do poder público investir mais em infraestrutura para atrair o público norte-americano, o mais visado com a adoção do e-Visa. "Há uma grande barreira entre os Estados Unidos e o Brasil quando pensamos nos atrativos de praia, pois o México e Caribe possuem produtos que estão formatados para o turista norte-americano”, diz.
“Há entretenimento e, principalmente, atividades náuticas, algo que ainda é muito pouco explorado no Brasil. Além disso, os preços são menores, pois os impostos e cargas trabalhistas são infinitamente menores do que no Brasil”, finaliza.
(*) Crédito da foto: siza18/Pixabay