sábado, 21/setembro
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Como preparar seu hotel para voltar a faturar com o corporativo?

Hotel - Promo_Harus

Após um longo período de mudanças trazidas pela pandemia de Covid-19, as viagens de negócios estão, finalmente, de volta. Muitas empresas fizeram adaptações para manter o trabalho remoto durante a crise sanitária e mantêm o modelo até hoje. Ainda assim, companhias e profissionais não dispensam o contato presencial, principalmente em congressos e eventos. Assim, como seu hotel tem se preparado para voltar a faturar com essa demanda?

“A retomada das viagens corporativas é uma oportunidade para a hotelaria. Além dos estabelecimentos localizados próximos aos principais centros corporativos, é uma chance para os empreendimentos mais afastados atraírem novos clientes, principalmente nos dias úteis, oferecendo serviços e instalações de qualidade”, destaca Luiz Roberto Magrin Filho, diretor-geral da Harus.

De acordo com levantamento da Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas), o segmento faturou R$ 982 milhões em janeiro deste ano, 17% acima do mesmo período de 2019. Só na hotelaria, os ganhos foram de R$ 248 milhões, 25% a mais na mesma base comparativa.


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Preparando seu hotel

Segundo uma pesquisa da STR Global, a volta das viagens de negócios é uma tendência mundial, com a ocupação dos hotéis na América Latina próxima do nível pré-pandemia. Além disso, o relatório apontou que São Paulo, um dos principais mercados da região, registrou maior recuperação nos dias próximos aos fins de semana (domingos e quintas-feiras), indicando inclinação dos hóspedes em combinar viagens de negócios e lazer, reforçando o bleisure.

Nesse cenário, Magrin Filho aponta dicas importantes para preparar os meios de hospedagem para este novo momento, garantir uma boa experiência aos hóspedes e elevar os níveis de fidelização.

Estrutura para trabalho remoto: mesmo que os hóspedes estejam viajando para participar de atividades externas, como reuniões, feiras e congressos, é importante oferecer estrutura adequada para o trabalho remoto.

“Além de disponibilizar um espaço próprio para isso, como um coworking ou mesa e cadeira confortáveis no próprio quarto, é preciso que haja conexão à internet de qualidade. Outro ponto importante é o investimento em salas de reuniões ou espaços para eventos que motivem os visitantes a fecharem negócios dentro do seu hotel”, explica o executivo.

Serviços personalizados: a personalização dos serviços é uma tendência em toda a hotelaria. Quando se trata de viagens corporativas, esse aspecto pode fazer toda a diferença. Isso porque os profissionais podem ter uma rotina mais corrida comparação a quem está viajando a lazer, ou seja, essa personalização pode ser crucial para fidelizar o hóspede.

“Um exemplo é questionar a natureza da viagem no ato da reserva. Assim, é possível adaptar a suíte às necessidades de um viajante corporativo. Outra dica é flexibilizar o horário do serviço de quarto, possibilitando que o cliente peça refeições, por exemplo, considerando a sua rotina, oferecer itens de alimentos e bebidas mais chamativos na habitação ou ainda instalar terminais de autosserviço a que os hóspedes possam recorrer a qualquer momento do dia”, diz Magrin Filho.

Momentos de relaxamento: por fim, o diretor-geral da Harus aponta que proporcionar oportunidades de relaxamento aos hóspedes é um diferencial para qualquer hotel, mesmo em viagens corporativas, já que o descanso após um longo dia de trabalho é muito valorizado pelo hóspede.

Além de serviços de spa, é possível oferecer ferramentas que possibilitem momentos de bem-estar no próprio quarto. Instalar chuveiros de qualidade, com boa pressão da água e ajuste de temperatura é uma excelente alternativa. Toalhas, velas aromáticas ou difusor para óleos essenciais, sais de banho e até alto-falantes para música ambiente também podem complementar a experiência.

A aposta em amenities de qualidade é sempre um diferencial importante. O aroma e textura dos produtos podem promover sensações diversas e ajudam a garantir um banho mais relaxante, com sabonetes líquidos diversos.

“De maneira geral, creio que as empresas que compõem a cadeia da hospitalidade devem estar sempre conectadas às mudanças nas preferências e hábitos dos viajantes, sejam eles corporativos ou a lazer. É esse olhar atento que nos guiará rumo à expansão de nossos negócios e à satisfação completa dos clientes”, finaliza Magrin Filho.

(*) Crédito da capa: Andrew Neel/Unsplash