sábado, 21/setembro
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Confiança do consumidor cai após duas altas consecutivas, diz FGV

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) caiu 4,0 pontos em maio, para 89,2 pontos, após duas altas consecutivas, segundo relatório do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,2 ponto, para 91,2, retornando ao nível de fevereiro deste ano.

“A piora da confiança do consumidor foi influenciada apenas pela piora das expectativas para os próximos meses, enquanto a percepção sobre a situação atual ficou estável em patamar desfavorável. O resultado mais que devolve as altas dos últimos dois meses, levando o indicador para o menor nível desde abril do ano passado (87,5 pontos). A forte queda nas expectativas foi, principalmente, influenciada pelo desastre ambiental no Rio Grande do Sul, com impactos nas condições de vida dos cidadãos e incertezas em relação à economia local”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

Entre os fatores que influenciaram a queda da confiança do consumidor em maio, estão as expectativas em relação aos próximos meses, enquanto as avaliações sobre o momento atual apontaram estabilidade. O IE (Índice de Expectativas) retraiu em 6,7 pontos, para 95,5, menor nível desde dezembro de 2022 (94,6). Por outro lado, o ISA (Índice de Situação Atual) estabilizou em 80,6 pontos.


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Entre os quesitos que compõem o ICC, que mede o ímpeto de compras de bens duráveis, foi o que apresentou maior contribuição para a queda da confiança do consumidor no mês, ao recuar 8,3 pontos, para 78,8, atingindo o menor nível desde outubro de 2022 (78,1). O recuo também foi observado nos indicadores que mensuram as perspectivas para as finanças futuras das famílias e para a situação futura da economia, que caíram 6,1 e 4,7 pontos, para 100,1 e 108,3, respectivamente.

A estabilidade nas avaliações sobre o momento atual foi observada na percepção sobre a economia local, na qual o indicador permaneceu em 92,3 pontos após duas altas consecutivas e o indicador que mede a percepção sobre as finanças pessoais das famílias variou positivamente em 0,1 ponto, para 69,3.

A queda da confiança ocorre em todas as faixas de renda, sendo mais acentuada entre os consumidores com renda entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil. Todas as faixas se mostram pessimistas em relação às expectativas, com a confiança das famílias de maior poder aquisitivo, com renda acima de R$ 9,6 mil, atingindo o menor nível desde maio de 2023, que registrou 90,8 pontos.

(*) Crédito da foto: Pixabay