domingo, 22/setembro
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Confira o relatório da HVS sobre a hotelaria nos principais mercados da América do Sul

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Dados da STR, HVS/HotelInvest mostram taxas de ocupação, diária média e variação RevPAR
(foto: divulgação/HVS)

The Market Pulse América do Sul é uma publicação anual da HVS/HotelInvest em parceria com a STR que analisa a performance parcial dos dez maiores mercados da região. De maneira geral, no primeiro semestre de 2016 o recesso na economia continuou a afetar a maioria dos mercados analisados. Apesar de ser uma realidade generalizada, o seu impacto na indústria da hospitalidade é diferente em casa país. 


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Confira as análises para cada mercado:

Buenos Aires, Argentina
A situação econômica e política na Argentina e a crise no Brasil, um dos principais mercados para aquele país, teve impacto sobre o fluxo turístico nacional e internacional para Buenos Aires (com base em pesquisa de mercado, não estatísticas oficiais). A taxa de ocupação diminuiu, mesmo com o aumento insignificante na oferta, devido à queda na demanda. Apesar das taxas diárias dolarizadas, a valorização do dólar em relação ao peso não apresentou grandes resultados para os hotéis, dado o aumento nos custos de insumos e serviços. Apesar da percepção de risco relacionado à Argentina, os ajustes econômicos devem permitir maior previsibilidade no país e trazer benefícios a médio prazo.

Santiago, Chile
Apesar de ter base sólida, as recentes reformas reduziram a confiança do setor privado e não há sinais de mudança neste cenário, pelo menos no curto prazo. O turismo internacional cresceu 35% entre janeiro e março de 2016 em comparação com o mesmo período de 2015. O desempenho do mercado da hospitalidade foi impactado por aumento da oferta e diminuição da procura. Além disso, a Copa América, em 2015, influenciou os aumentos no valor da diária. A recuperação do mercado depende da solução dos problemas econômicos em território chileno.

Bogotá, Colômbia
A economia de Bogotá se destaca entre os outros países da América do Sul. Os ajustes econômicos e sociais nos últimos anos foram bem implementados e o país está crescendo, apesar da desaceleração, tendência que deverá continuar nos próximos anos. O turismo internacional cresceu 11,2% entre janeiro e maio de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior. Com o crescimento da demanda significativa e o abrandamento da nova oferta, o desempenho do mercado em Bogotá está melhorando e aponta para o início de um ciclo de recuperação do mercado.

Lima, Peru
Apesar do impacto da queda nos preços das commodities sobre a economia, a recente eleição do presidente Pedro Pablo Kuczynski deve trazer uma perspectiva positiva. O turismo internacional cresceu 7,4% entre janeiro e maio deste ano em relação ao mesmo período de 2015. Hotéis de Lima apresentaram a melhor performance da região. O alto desempenho deverá manter-se, pelo menos no curto prazo, dada a conjuntura econômica positiva e o aumento da oferta esperada apenas a partir de 2018.

Brasil
Após o início do governo de Michel Temer, analistas financeiros prevêem um cenário positivo a partir de 2017, com crescimento real do PIB, controle da inflação e menor taxa de juros. Uma vez que a crise política se dissolva, espera-se que o País volte a apresentar um ambiente promissor para os investidores e as empresas; reiterando assim a estimativa prévia publicada em agosto, que já apontava para o caminho da establização de mercado.

No médio prazo, a oferta vai começar a se estabilizar. O ciclo de desenvolvimento parece ter chegado ao fim. Em cidades com baixo desempenho, alguns hotéis estão deixando o mercado. Em Salvador, dois hotéis foram fechados no início deste ano, e espera-se que propriedades representando 700 unidades habitacionais também encerrem suas atividades nos próximos meses. A  tendência é uma recuperação do mercado.

Após anos de declínio, os mercados aparentemente atingiram os menores níveis de demanda. Os dados mensais mostram que nos últimos meses do semestre, a demanda dos mercados analisados ​​permaneceu estável em relação ao ano passado. Parece ser o início de um ciclo de recuperação, o que depende da evolução da economia em cada mercado.

Taxas continuam a sofrer quedas causadas pela baixa demanda. Mesmo com a recente estabilidade, as taxas diárias estão sendo pressionadas na maioria dos mercados, com exceção de Curitiba, Salvador e Rio de Janeiro. A capital paranaense vem de uma base baixa e não há espaço para cortes, Salvador teve uma grande temporada de verão, o que levou a aumentos significativos nas taxas diárias, e no Rio de Janeiro houve algumas aberturas de hotéis sofisticados.

Serviço
hvs.com