Recentemente, a Booking e o Airbnb divulgaram que a demanda segue em alta após as restrições impostas pela pandemia de Covid-19. As empresas, juntamente com o Expedia Group, apontaram perspectivas mais sólidas do que o esperado, o que sugere que o crescimento não está desacelerando tão rapidamente quanto previam, informa o Bloomberg Línea.
Parte desse cenário positivo é atribuída à demanda internacional. Na última quinta-feira (7), o Airbnb declarou que sua principal métrica de diárias e experiências reservadas deve acelerar neste trimestre, com uma taxa de incremento prevista para superar os 8,5% registrados no último período, ultrapassando a projeção de Wall Street de 7,7%.
O Expedia, por sua vez, afirmou que a tendência é de que as reservas brutas aumentem de 4% a 5% este ano. Apenas uma semana antes, a Booking, controladora de empresas como Kayak e Priceline, ofereceu uma orientação surpreendentemente otimista, o que fez com que suas ações disparassem.
O cenário
As previsões das OTAs trazem motivos para otimismo. Em carta aos acionistas, o Airbnb afirmou que o quarto trimestre começou bem, destacando fortes tendências de demanda nos principais mercados. A empresa registrou crescimento nas noites reservadas e lucros ajustados acima das expectativas, com expansão em regiões como Europa, Oriente Médio e Ásia.
A América Latina e a Ásia-Pacífico continuaram a impulsionar o crescimento, com aumentos de dois dígitos nas reservas e mais listagens ativas. Na América do Norte, onde houve sinais de desaceleração durante o verão, o Airbnb observou que o volume de reservas melhorou no terceiro trimestre após um início mais lento.
As viagens domésticas continuaram respondendo pela maior parte das reservas na região, segundo a empresa, enquanto destinos não urbanos e viagens de grupos maiores tiveram um crescimento exponencial. No entanto, nem todas as métricas superaram as expectativas, pois o lucro líquido, de US$ 1,4 bilhão, ficou abaixo do registrado no mesmo período de 2023.
Expedia
No Expedia, as reservas brutas somaram US$ 27,5 bilhões no terceiro trimestre, superando as estimativas de Wall Street. Os clientes reservaram um total de 97,4 milhões de noites nos sites de viagens da empresa.
A companhia gera cerca de dois terços de sua receita nos EUA, enquanto seus concorrentes, Booking e Airbnb, dependem dos mercados internacionais para a maior parte das vendas. Esse trimestre é geralmente o mais lucrativo para o Expedia, uma vez que coincide com as férias de verão nos EUA e o início do planejamento das viagens de inverno.
Há alguns meses, Ariane Gorin, CEO do Expedia, alertou sobre uma possível queda na demanda por viagens. Na conferência de resultados, ela explicou que a procura estava fraca em julho, mas voltou a crescer ao longo do trimestre, impulsionada por uma busca internacional mais forte do que a doméstica.
(*) Crédito da foto: Divulgação/Airbnb