sábado, 21/setembro
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Divisão digital entre viajantes ficou mais evidente em 2022

Diferenças sociais podem ser identificadas em todos os aspectos da economia mundial. Contudo, a divisão digital entre faixas de renda ficou ainda mais evidente em 2022. Segundo o Pymnts’ Connected Economy Monthly Report: Digitally Divided – Work, Health and the Income Gap, os consumidores mais abastados são mais propensos a utilizar ferramentas online para planejar viagens.

A pesquisa ouviu 2.710 consumidores norte-americanos de diferentes faixas de renda entre os dias 6 e 10 de janeiro de 2023. O estudo aponta que pessoas de alta e média renda têm 1,5 vezes mais probabilidade de acessar a internet para reservar viagens e acomodações.

Quase metade (46%) dos consumidores de alta renda usou sites, aplicativos, agregadores ou outras ferramentas digitais para planejar viagens ou reservar passagens e acomodações – um aumento de 19% em relação ao ano passado. Enquanto isso, o uso do digital para turismo pelos consumidores de classes mais baixas permanece relativamente inalterado.


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Uso de ferramentas digitais

Os consumidores de alta renda, definidos como aqueles que ganham mais de US$ 100.000 por ano, são os mais propensos a participar da economia conectada, na qual “pessoas e empresas se conectam e fazem negócios por meio de qualquer dispositivo e em qualquer plataforma digital, ou localização física com segurança e em tempo real”, de acordo com o Pymnts.

Essa mesmo nicho de público também têm duas vezes mais chances de pagar por sua compra mais recente por meio de uma carteira digital do que em janeiro de 2022. Já outros 22% dos consumidores de classes mais elevadas pagaram por sua compra mais recente por meio de uma carteira digital, enquanto apenas 12% dos clientes de baixa renda fizeram o mesmo.

Se transferirmos o cenário para o recorte brasileiro, a renda média cresceu no quatro trimestre de 2022, mas ainda segue abaixo do observado antes da pandemia. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a média do país ficou em R$ 2.808, enquanto nos primeiros meses de 2020, o valor era de R$ 2.853. Contudo, quando o dinheiro sobre no orçamento, a maior parte da população (38%) prefere investir na compra de um imóvel ou aplicar em investimentos bancários (20%).

(*) Crédito da foto: marvinmeyer/Unsplash