Performance positivo de alguns setores, como o varejo, influenciaram revisão
O governo federal elevou hoje (14) a projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Citando fatores como a baixa taxa de juros e a expansão do crédito livre, a gestão Jair Bolsonaro elevou a estimativa de 2,32% para 2,4%. A previsão é ainda mais otimista do a do mercado financeiro, de 2,3%, informa a Reuters.
No boletim divulgado hoje, a Secretaria de Política Econômica (SPE) também ajustou a expectativa para o PIB de 2019. A pasta, vinculada ao Ministério da Economia, projeta em 1,12% a alta do indicador, contra 0,9% anteriormente. Para o órgão, dados relacionados a alguns setores, como serviços, comércio e construção civil, dão suporte à mudança.
A secretaria defendeu ainda que parte importante da retomada econômica no segundo semestre de 2019 está ligada à liberação de saques do FGTS. Os economistas da SPE também acreditam que seus efeitos positivos devem se estender até março. Embora com efeito mais limitado, o mercado de turismo pode se beneficiar, avaliam especialistas.
PIB, juros e inflação
Para a SPE, outro fator preponderante para a reavaliação da estimativa é a política de juros. “A redução das taxas de juros deve começar a apresentar efeitos na atividade no primeiro semestre de 2020, especialmente a partir do segundo trimestre”, pontua a pasta.
Atualmente, a Selic está na mínima histórica de 4,5%. Há, contudo, expectativas de que os juros caiam mais 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em fevereiro. Na visão da SPE, a expansão do crédito livre é “combustível” para o crescimento da atividade econômica.
Para a inflação em 2020, a nova grade de parâmetros macroeconômicos passou a apontar alta de 3,62%, ante 3,53% em novembro. O patamar é abaixo do centro da meta deste ano, que é de 4%, com margem de 1,5 ponto para mais ou para menos.
(*) Crédito da capa: StockSnap/Pixabay
(**) Crédito da foto: icondigital/Pixabay