segunda-feira, 11/novembro
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Governo quer criar programa focado na redução das passagens aéreas

O alto preço das passagens aéreas tem sido um dos grandes obstáculos no processo de recuperação total do turismo. Por isso, o Governo Federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos, anunciou que criará um programa com o objetivo de reduzir as tarifas. A iniciativa será destinada a aposentados, servidores públicos e estudantes. A proposta do ministério é ocupar vagas ociosas nos voos com preços populares, revela o Correio Braziliense.

O ministro Márcio França destaca que o pedido do presidente Lula (PT) é ter mais passageiros e aeroportos, com mais pousos de aviões de carreira. “O plano está montado, agora é uma questão de o governo concordar. Será uma revolução na aviação brasileira. A meta é encontrar passagens a R$ 200 o trecho e R$ 400 ida e volta, de qualquer lugar do país”, pontua.

“O que estamos buscando é comprar a ociosidade dos espaços. As companhias brasileiras chegam na faixa de 30 milhões de passageiros cada, operando com 78% a 80% das vagas ocupadas. Outras 20% saem vazias. Eu quero essas vagas para as pessoas que não voam”, completa.


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O programa

França afirma que a venda dessas passagens aéreas deverá ser realizada por meio de um dos bancos federais. “Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, tanto faz. Isso será destinado a pessoas que já têm a renda veiculada conosco, estudantes são a exceção. Temos que encontrar um mecanismo de financiamento. Ajuda a aviação, as pessoas vão poder voar. Lembra aquela história de que aeroporto era rodoviária? Isso se dá com o crescimento econômico”, aponta.

“Quem vai comprar essas passagens é o aposentado e pensionista da previdência, servidores públicos com salário de até R$ 6.800,00 e estudantes. Duas passagens por ano. Cada usuário terá direito a duas passagens por pessoa, ou seja, você pode comprar para você e sua esposa, para você e para o seu filho. Ou seja, duas idas e voltas para qualquer lugar, quatro pernas por R$ 200 cada, R$ 800 em 12 prestações de R$ 72,00. Essa é a meta. Tira dezembro, janeiro e julho. São 14 a 15 milhões de passagens por ano por R$ 200”, endossa.

O ministro ressalta também que as passagens aéreas disponibilizadas pelo programa serão subsidiadas por meio de parcerias com as empresas aéreas para vender o espaço excedente. “No fundo, isso já existiu. A Caixa Econômica fez isso, muitos anos atrás, com um programa chamado Melhor Viagem, destinado a idosos. Conversei com o presidente do banco, acho que vai ser fácil. O que importa é a decisão política e as três companhias (Latam, Gol e Azul) têm que querer”, finaliza França.

(*) Crédito da capa: iStock