terça-feira, 24/setembro
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Hotel Trends Stats: após recuperar preços, hotelaria já olha para 2025

Entrando na reta final de 2024, o Hotelier News e a Lighthouse apresentam a quinta edição do Hotel Trends Stats. O estudo, que reúne dados de demanda, padrões de preços e tendências de descontos, traz informações estratégicas para a tomada de decisões comerciais, assim como direcionamentos para melhores práticas no setor hoteleiro.

Com os olhos voltados para 2025, os hotéis podem esperar altos níveis de demanda para janeiro, com destaque para a primeira quinzena do mês, seguindo as previsões de procura por voos no período. Brasília aparece como uma das praças de maior interesse, se sobressaindo frente às demais.

Ao longo de 2024, o setor hoteleiro conseguiu recuperar preços em relação a 2023. Brasília, novamente, se destaca em aumento tarifário durante todos os meses do ano. Na outra ponta, Goiânia é a única praça que não acompanhou esses avanços.


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“Chegamos a mais uma edição do Hotel Trends Stats com informações valiosas para o final de 2024 e início de 2025. Ao longo deste ano, a maioria das praças conseguiu recuperar seus preços frente a 2023, o que é um bom sinal. As janelas de antecedência de compra seguem como boas oportunidades para descontos e, para a alta temporada de verão, o volume de procura por hospedagens em hotéis é robusto”, comenta Ricardo Souza, Team leader da Lighthouse para a América Latina.

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Descontos

Considerando a antecedência de compra, todos os mercados pesquisados apresentaram evolução de preços. As oportunidades para ofertas mais agressivas estão em uma janela de 120 dias de antecipação em cidades como São Paulo, Curitiba e Brasília.

Os hotéis ainda podem aproveitar oportunidades de descontos para viajantes que procuram por estadas de mais de duas ou três noites. São Paulo, Salvador e Rio são os destinos que mais se encaixam nesse perfil de promoção.

Belo Horizonte figura como a praça que mais oferece descontos via mobile, com 67%. Outras cidades também utilizam a mesma estratégia, todavia, Goiânia é o mercado que menos atua com esse tipo de oferta.

Os mercados analisados já estão aproveitando a oportunidade com tarifa não-reembolsável, principalmente Rio de Janeiro e Belo Horizonte, com 71% e 67% dos hotéis oferecendo este desconto. Alguns destinos ainda possuem oportunidade, como Brasília e São Paulo.

Praças analisadas

O Hotel Trends Stats analisou dados de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Goiânia, Salvador, Fortaleza e Belo Horizonte nesta edição, considerando demanda, preços e descontos.

São Paulo

  • Demanda: já aponta várias datas de alta demanda de julho a outubro, principalmente devido aos congressos. Destaque em novembro para o período de Fórmula 1 e da semana seguinte, com vários congressos simultâneos, além do evento D23 Brasil. Julho apresentou alta procura por voos, com férias escolares e congressos em todas as semanas do mês. Também observamos boa procura em períodos específicos nos próximos meses, e já podemos notar um aumento no Natal e no Réveillon. A demanda de hotéis se manteve concentrada no sétimo mês, com poucos picos para os meses seguintes.
  • Preços: na capital paulista, o primeiro semestre registrou preços públicos que acompanharam o ano passado, com algumas datas acima de 2023. Para o segundo semestre, a cidade ainda projeta valores abaixo do ano passado.

Rio de Janeiro

  • Demanda: a capital fluminense viveu um bom período na segunda quinzena de julho, com pico em agosto devido a eventos e jogos de futebol. Em seguida, vemos uma demanda atípica impulsionada pelo Rock in Rio em setembro. Nos meses de outubro e novembro, o Rio de Janeiro aponta picos de demanda nos feriados e, por último, no Réveillon. A busca por voos subiu em julho, com alta procura em determinados dias em agosto, Rock in Rio e Ano Novo. A demanda por hotéis cresceu em julho, com maior pico para os dias de Rock in Rio e Réveillon.
  • Preços: como já era de se esperar, os preços subiram nos dias de Rock in Rio e Réveillon, o que reforça a importância de grandes eventos para tarifas mais elevadas.

Curitiba

  • Demanda: demanda aquecida em julho, com pequenos eventos simultâneos. Picos em feriados de novembro e procura crescendo para o Réveillon. Nos voos, a busca no período de férias escolares foi concentrada, seguida por datas em agosto e Ano Novo. Na hotelaria, o volume de buscas foi alto em julho, com a demanda aumentando em alguns dias em agosto, setembro e novembro.
  • Preços: a capital paranaense manteve um excelente primeiro semestre em termos de preços, com uma boa diferença de tarifas públicas frente a 2023. Setembro aparece como ponto de atenção, enquanto novembro e dezembro apontam para projeções abaixo do ano passado.

Belo Horizonte

  • Demanda: demanda pulverizada nos próximos 180 dias, com picos em períodos de feiras e eventos. Procura last minute e considerável no final de novembro e janeiro, com busca elevada, mas reservas não concretizadas. Pico de buscas por voos em agosto e setembro, com um destaque também para janeiro de 2025. Alto volume de buscas de hotéis acontecendo last minute.
  • Preços: a praça manteve seus níveis de preço público durante o primeiro semestre acima de 2023. A tendência deve se manter em agosto, com práticas abaixo do ano passado a partir de setembro. Para 2025, o movimento é de tarifas superiores aos anos anteriores.

Goiânia

  • Demanda: pico de demanda em julho, com datas de alta procura atrelada a eventos. Busca por voos também para períodos em agosto e setembro. Demanda de hotéis concentrada no sétimo mês, com destaque para os últimos dias de agosto.
  • Preços: Goiânia iniciou o ano com os preços públicos acima de 2023, mas de fevereiro a junho apresentou queda em comparação com o ano anterior. Ponto de atenção para o segundo semestre, pois as projeções continuam abaixo do ano passado.

Brasília

  • Demanda: alta em quase todas semanas até final do ano, o que mostra como Brasília segue com uma boa procura neste segundo semestre. Buscas de voo alta de última hora para a última quinzena de julho, segunda semana de agosto e feriado da Independência. Período de Natal e Ano novo aparece com um leve aquecimento na procura pelo aéreo. Procura por hotéis com antecedência bem curta, com alta demanda para fim de julho, primeira semana de agosto e última semana de outubro. O restante das datas ainda com demanda baixa ou normal.
  • Preços: houve aumento de tarifas a partir de março, e principalmente em maio comparado aos últimos anos. Também podemos ver que para os próximos meses o mercado de Brasília está projetando tarifas similares às de 2023, exceto algumas datas pontuais em setembro e outubro.

Salvador

  • Demanda: elevada em julho e na segunda semana de agosto. Alta procura para o feriado de 15 de novembro, Natal e Ano Novo. Picos de demanda por voos no sétimo mês de 2024, segunda quinzena de agosto e feriados em setembro, outubro e novembro, além de festas de fim de ano. Busca por hotéis mais focada em uma curta antecedência, com picos em julho. Durante os feriados de setembro e outubro também nota-se alta demanda, junto com aquecimento do período de Natal e Réveillon.
  • Preços: Salvador aumentou seus preços públicos nos primeiros meses deste ano, porém a partir de março mantém seus valores médios similares aos de 2023, e a mesma tendência segue até o final deste ano.

Fortaleza

  • Demanda: alguns picos elevados ainda em julho e agosto, com pontos isolados em outros meses de alta demanda. A maior procura está concentrada em janeiro de 2025, com busca por hotéis last minute.
  • Preços: primeiro semestre com tarifas lineares a 2023, tendência que deve ser manter no restante de 2024 e no início de 2025.

Para acessar o estudo na íntegra, acesse o link.

(*) Crédito da foto: Peter Kutuchian/Hotelier News