Praia de Guarajuba, em Salvador
(foto: arquivo HN/Giulia Ebohon)
A taxa de ocupação dos hotéis de Salvador, na Bahia, durante o mês de julho atingiu a marca dos 54%, considerado o pior resultado para o mês desde 2001. Analisando os resultados para o período nos últimos cinco anos, a ocupação declinou em aproximadamente 14% – apesar de Salvador receber jogos da Copa das Confederações (2013) e da Copa do Mundo (2014).
Conforme informações reportadas no portal Bahia Notícias e replicadas pela Febha (Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação), há uma grande preocupação com esse desempenho uma vez que, de acordo com a entidade, empreendimentos hoteleiros precisam ter ocupação mínima de 60% para manter as contas no equilíbrio.
"Salvador já foi vanguardista de turistas no País e hoje perde espaço por falta de equipamentos e promoção. Já perdemos mais de quatro mil empregos e o cenário é desanimador. Os conselhos estaduais e municipais têm que fazer sua parte", afirmou Silvio Pessoa, presidente da Febha, que cobra aeroporto, porto e centro de convenções de qualidade.
De acordo com a Febha, o setor representa 20% do PIB local e é considerado o maior empregador na capital baiana. Entre janeiro e maio de 2015, cerca de dez hotéis já encerraram as atividades por falta de recursos. Ainda neste ano, quatro mil postos de trabalho foram perdidos e a perspectiva da federação é que o número deve aumentar.
A Setur (Secretaria de Turismo) foi procurada para comentar os dados e, por meio de nota, destacou que, frente à crise econômica e ao período de baixa estação, a Bahia tem trabalhado com alternativas para promover seus destinos turísticos e atrair visitantes. Uma das ações é a participação na promoção Turismo Week. A secretária mencionou ainda a realização do Campeonato Mundial de Wrestling (luta olímpica), cujos 960 envolvidos mobilizam hotéis na região entre Salvador e Lauro de Freitas.
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