Um novo relatório do HotelHub revela uma queda significativa, de quase 20%, nas viagens de negócios internacionais no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o ano anterior. Esse declínio é atribuído à preferência das empresas por viagens domésticas, enquanto enfrentam pressões inflacionárias persistentes. No Brasil, por exemplo, o aumento inflacionário teve questões como as enchentes do Rio Grande do Sul, o que diminui o poder de compra do consumidor.
O estudo, baseado no Índice HotelHub do primeiro trimestre de 2024, examinou mais de 15 milhões de reservas de hotéis desde 2022, sendo quase 2 milhões nos primeiros três meses deste ano. Com uma queda de 19% nas viagens internacionais no trimestre, em comparação com o ano anterior, as reservas domésticas agora representam 62% de todas as viagens corporativas, em contraste com os 52% registrados no primeiro trimestre de 2023.
Paul Raymond, diretor de Desenvolvimento de Negócios do HotelHub, comentou para o Phoscuswire sobre as tendências preocupantes. “No geral, as viagens de negócios ainda estão crescendo, mas existem algumas tendências preocupantes nestes dados. A redução nas viagens internacionais é muitas vezes um indicador da confiança geral das empresas e de gastos mais amplos no setor empresarial. A taxa de inflação pode estar caindo em algumas áreas da economia, mas na hotelaria ainda estamos vendo aumentos de preços significativos que muitos departamentos de viagens corporativas consideram um desafio.”
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O relatório indica uma mudança na recuperação das viagens de negócios ao exterior desde a pandemia, sugerindo uma abordagem mais cautelosa em meio ao ambiente econômico incerto. Isso se traduz em enviar pessoal com base no país, em vez de alocar orçamento para viagens internacionais mais onerosas.
Aumento de despesas e estratégias de redução de custos
O estudo destaca um aumento nas tarifas médias por noite, crescendo 8% entre o primeiro trimestre de 2023 e 2024, alcançando uma média global de US$ 177. Cidades como Nova York, Londres e Paris testemunharam aumentos ainda mais acentuados, com taxas médias avançando entre 12% e 27% em apenas dois anos.
O custo médio de uma viagem de negócios subiu 7%, passando de US$ 414 no primeiro trimestre de 2023 para US$ 442 no memso período em 2024. Regiões como Ásia, Oriente Médio e África viram uma diminuição na duração média da estada, sugerindo uma tendência de condensação das viagens para permanecer dentro do orçamento. No entanto, a duração média da estada internacional aumentou em 5,3%, indicando uma estratégia de maximização das atividades durante as viagens menos frequentes.
O crescimento é notável nas viagens domésticas na Ásia e na Europa, com aumentos de 46% e 30%, respectivamente. Na América do Norte, 81% das estadas são agora domésticas, representando um aumento de 5% em comparação com o primeiro trimestre de 2023.
(*) Crédito da foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
