Dando sequência à programação da HSMAI, José Roberto Fonseca, regional travel strategy lead for Latin America Merck & Sharp & Dohme, ministrou a palestra “A volta das viagens corporativas – A visão do viajante”. Curador da TMG, o colaborador da farmacêutica que atua em todos os continentes do mundo abordou como a empresa vem lidando com a pandemia e as expectativas de retomada das viagens.
“No dia 11 de março tínhamos milhares de pessoas voando e sendo monitoradas em diversos eventos médicos. Quando foi decretada a pandemia mundial pela OMS (Organização Mundial de Saúde), já se ouvia muito sobre Covid-19 na Ásia e Europa, e a partir dessa data a vida dos colegas de viagens se transformou para sempre”, comenta.
Na época, mais de 5 mil passagens foram canceladas e 57 eventos pelo mundo foram adiados ou cancelados, totalizando 99% de viagens não realizadas. “Temos parceiros e fornecedores em hospitais e clínicas, ou seja, nossa área de risco é alta. Em nosso time global, tivemos que pensar com a ajuda de parceiros na linha de frente em como auxiliar os viajantes mais frequentes na retomada e no novo normal”.
Para entender às necessidades dos colaboradores, a empresa desenvolveu uma pesquisa para a criação de um programa pós-Covid-19 de segurança global. Mais de 600 viajantes de diferentes divisões foram engajados e enviaram seus feedbacks. “Políticas de viagens determinaram o que precisava ser aprovado e os fornecedores nos ajudaram a ter uma visão clara de torno, além da questão governamental de cada país”, ressalta Fonseca.
HSMAI: expectativa dos viajantes
O palestrante ainda destacou a importância de uma boa gestão de viagens e as expectativas dos colaboradores. “Uma boa gestão de viagens não pode ser vista como gerador de despesas, mas valor agregado. Quando tínhamos mais de cinco mil pessoas viajando, isso nos ajudou a definir diretrizes”.
Na pesquisa global com viajantes, 340 responderam de um quadro de 600 pessoas. Cerca de 52% afirmam que estariam seguros para retomar as viagens corporativas, sendo 65% colaboradores da América Latina.
Já 45% afirmaram que viajariam dentro de seu próprio país a partir de 30 dias do fim das restrições e outros 17% não pretendem retornar em 2020. Sobre viagens internacionais, 21% viajaria em 30 dias e outros 35% ainda se sentem inseguros para retomar este ano.
Entre as principais preocupações dos viajantes estão: EPIs (equipamentos de proteção individual); teste de Covid-19 e rastreamento de doentes e limpeza de aeronaves e hotéis. Dos entrevistados, 56% não querem viajar de avião e preferem ir de carro; 50% preferem dirigir ao pegar trem e 67% afirmam preferir utilizar veículo próprio ou da empresa ao alugar.
(*) Crédito da capa: Divulgação/TTS
(**) Crédito da foto: reprodução da internet