sexta-feira, 15/novembro
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Iata: Brasil se torna 4º mercado doméstico global

Segundo a Iata, o Brasil apresentou um ritmo mais acelerado de expansão na movimentação doméstica do que a média mundial, com alta de 6,6%.

O Brasil consolidou-se como o quarto maior mercado de voos domésticos em 2024, agora respondendo por 1,2% da movimentação global de passageiros, segundo a Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos). Com o crescimento na demanda por voos internos, o país subiu uma posição no ranking mundial, liderado pelos Estados Unidos e pela China, que detêm 15% e 11% da aviação comercial mundial, respectivamente. A informação é da Folha de São Paulo

Em termos de crescimento na movimentação de passageiros, o Brasil apresentou um ritmo mais acelerado do que a média mundial, com avanço de 6,6% em 2024 frente ao ano anterior, enquanto o crescimento global foi de 5,6% na mesma base de comparação. Até julho, segundo a Iata, foram registrados 44 milhões de pessoas em voos domésticos no país.

Dados do Ministério de Portos e Aeroportos também ref21letem a expansão do setor: setembro registrou o maior volume de passageiros da história para o mês, com quase 10 milhões de viajantes, crescimento de 5,7%  frente igual período do ano passado. Em operações nacionais, foram transportados 7,9 milhões de pessoas, o que representa aumento de 4,3% na mesa base de comparação.


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O montante representa ainda o recorde para o o período desde o início da série histórica da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em 2000.

Razões para o crescimento

Especialistas apontam diversos fatores que impulsionam a demanda por voos domésticos no Brasil. Um dos principais é o aumento do interesse por destinos menos tradicionais, como o Norte e o Nordeste, com destaque para o estado do Pará, que registrou aumento de 17% na oferta de assentos neste ano, conforme a consultoria ForwardKeys. Estados como Ceará e Pernambuco também mostram expansão, mantendo um crescimento estável em 2024, com expectativas positivas para 2025.

Iata - Brasil 4 mercado doméstico global

À Folha de São Paulo, Jeanine Pires, consultora e especialista no mercado de turismo, acredita que o perfil dos passageiros está mudando, o que tem estimulado esse crescimento da aviação doméstica nacional. “As companhias aéreas buscam atrair clientes oferecendo maior flexibilidade em cancelamentos e alterações, respondendo à demanda dos viajantes por serviços que não os penalizem por eventos externos”, explica.

A infraestrutura também desempenha papel importante nesse importante resultado. A Abear, por exemplo, relata uma expansão de 6% na capacidade dos aeroportos em relação ao período pré-pandemia. Ainda assim, a entidade alerta que a capacidade atual pode não acompanhar o ritmo crescente da demanda, o que representa um desafio adicional para as companhias aéreas que desejam expandir suas operações domésticas.

(*) Crédito da capa: Eduardo Knapp/Folhapress

(**) Crédito do infográfico: Folha de São Paulo