domingo, 22/setembro
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Iata: fluxo de passageiros global deve dobrar para 8,2 bilhões em 2037

IataA entidade espera 60 milhões a menos de viajantes no período

O número de passageiros global pode dobrar para 8,2 bilhões em 2037, prevê a Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos, na sigla em inglês). Segundo a entidade, esse crescimento será impulsionado pela forte demanda na Ásia, em especial países como China e Índia e Indonésia. Na avaliação da associação, contudo, o protecionismo mundial pode colocar essa expansão em risco.

Ainda segundo a Iata, espera-se uma taxa de crescimento anual do número de passageiros de 3,5% no período. As estimativas integram a última edição do estudo 20-Year Air Passenger Forecast, divulgado hoje (24) pela entidade, que faz outras projeções. Entre elas, a de que a China substituirá os Estados Unidos como o maior mercado do mundo (fluxos doméstico e internacional) em meados dos anos 2020.


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Além disso, prevê-se que Índia ocupará a terceira posição por volta de 2024, superando o Reino Unido. Outra projeção refere-se à Indonésia, que deverá registrar crescimento acelerado nos próximos anos. De acordo com a Iata, o país asiático pulará da 10ª para a 4ª colocação por volta de 2030.

Iata: outros números

Como citado, a Ásia-Pacífico puxará a expansão do tráfego aéreo mundial nos próximos 20 anos. Segundo a Iata, rotas a partir, para e dentro da região terão um adicional de 2,35 bilhões de passageiros em 2037. Com isso, chegará a um volume total de 3,9 bilhões de viajantes anuais, com expansão do indicador de 4,8% por ano no período.

Já os Estados Unidos devem apresentar aumento anual de 2,4% no tráfego aéreo até 2037, adicionando 527 milhões de passageiros ao fluxo atual. Enquanto isso, a Europa crescerá a uma média anual de 2%, totalizando 1,9 bilhão de passageiros por ano em 2037. 

Por sua vez, o fluxo de passageiros na América Latina crescerá por volta de 3,6% por ano, somando 371 milhões ao volume atual, em 2037. No total, o tráfego aéreo na região totalizará 731 milhões de viajantes a partir, para e dentro do continente.

Protecionismo

Apesar das projeções positivas, a Iata se mostra preocupada com a recente onda de protecionismo mundial, que tem o governo Trump como protagonista. Para Alexandre de Juniac, diretor-geral da entidade, esse movimento por parte dos governos já pesou sobre a última previsão do grupo, com expectativa de 60 milhões de passageiros a menos voando nos próximos 20 anos.

(*) Crédito da foto: skeeze/Pixabay