quarta-feira, 13/novembro
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João Venâncio: Convertendo a administração de um hotel com olho de formiga no custo

Em se tratando de custos preocupe-se com as formigas, pois parecem inofensivas, mais podem levar lentamente o lucro do seu hotel sem que você perceba, porém, antes, tome cuidado com a manada de elefantes, pois enquanto você está distraído com as formigas ela (a manada) pode te atropelar.

Então, em se tratando de custos, antes de agir, utilize o princípio de Pareto, ou como é largamente conhecido regra do 80/20, que diz: “aproximadamente 80% dos efeitos vêm de 20% das causas”. Ou seja, classifique as causas da perda de resultados por ordem de importância, estabelecendo quais as atividades que devem ser realizadas primeiro, aquelas que apresentem maiores benefícios para a correção da rota. É comum o gestor ficar preocupado ao se deparar com um empreendimento que apresenta problemas por não utilizar as boas práticas de gestão. É perturbador perceber que o hotel não apresenta a rentabilidade que merece.

É normal querer resolver de uma vez todos os problemas, mesmo se existem há anos. É natural querer corrigir tudo imediatamente, mas também pode ser muito confuso, já que com boa intenção, com esperança de conseguir resultados imediatos, o gestor avançar sem traçar uma consistente estratégia.


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Como diz um amigo: “vamos devagar porque temos pressa”. Entendo que não é recomendado sair atropelando todos os processos e perder a oportunidade de fazer a coisa certa, no momento certo, da forma certa e, principalmente, que mereça ser feita. É comum, ao converter uma administração de um hotel, atropelar as etapas e perder a grande oportunidade de aprender com as boas práticas já existentes, em função de anos e anos de experiência dos profissionais que lá estão.

Devemos acolher a equipe, apoiá-la neste momento de transição da gestão, contribuir com as nossas experiências, estabelecer uma parceria duradora (ganha-ganha, todo mundo aprende, todo mundo se desenvolve).

Agir assim é respeitoso, inteligente e pode propiciar um momento transformador, no qual a união de conhecimentos múltiplos ( de quem tem o histórico do hotel e dos profissionais que estão chegando com experiência do mercado) fará o modelo ideal para atender a necessidade daquele empreendimento, que do ponto de vista de gestão não é mais um e sim, “único”.

Podemos concentrar todos os esforços para recuperar o negócio, fazendo uso sempre de uma visão de curto, médio e longo prazo.Devemos trabalhar intensamente para conquistar rapidamente os benefícios e objetivos definidos com o investidor. Devemos ser ágeis, porém, empresto as sábias palavras: “vamos devagar porque temos pressa”.

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Diretor Controladoria e Finanças na HotelCare, João Venâncio é contador, pós-graduado em Controladoria pela Fundação Armando Alvares Penteado e com MBA em Gestão Empresarial pela
Fundação Getúlio Vargas. Na hotelaria, há mais de 30 anos em cargos de liderança em sua área, formou o CSC – Centro de Serviços Compartilhados da Accor, tendo sob sua supervisão mais de 70 hotéis no sistema. Especialista em planejamento, normatização, implementação e supervisão de procedimentos, processos e ferramentas de gestão. Foi professor na Anhembi Morumbi e atualmente na Escola de negócios da Associação Comercial de Jundiaí.

(*) Crédito da foto: divulgação/João Venâncio