Hotel vai ganhando forma: decisão judicial não paralisa suas obras
Em caráter liminar, o juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública, decidiu proibir o início das obras do túnel no complexo do Rosewood São Paulo. Com quase 100 metros de extensão, o projeto já havia sido autorizada pela administração Bruno Covas (PSDB). Orçado em R$ 2 bilhões, o empreendimento terá, além do hotel, um shopping center e unidades comerciais e residenciais.
O juiz acolheu o pedido de duas associações de moradores da região da Avenida Paulista: Amacon e Amorbela. Na decisão, ele argumentou que, com a proximidade do recesso Judiciário, o eventual início das escavações, aterramentos, instalações ou retirada de árvores “tornaria difícil e custoso o restabelecimento da situação atual”.
A Justiça aguarda a prefeitura sobre as alegações feitas pelas associações para tomar uma posição em relação ao mérito do processo. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, isso só deve ocorrer no ano que vem. Procurada pelo jornal, a gestão Covas afirmou que ainda não foi notificada oficialmente sobre a decisão.
Rosewood São Paulo continua a todo vapor
É importante esclarecer que a decisão abrange apenas as obras do túnel, que criaria um boulevard conectado à Paulista. O projeto é orçado em R$ 130 milhões e serão bancadas pela Associação São Paulo Capital da Diversidade, entidade fundada pelo empresário Alexandre Allard, do Grupo Allard, investidor do complexo.
Sendo assim, as intervenções no restante do projeto continuam, incluindo o hotel. O meio de hospedagem de luxo ocupará uma torre projetada por Jean Nouvel, com design de interiores feito por Phillipe Starck.
(*) Crédito da capa: Divulgação/Ateliers Jean Nouvel
(**) Crédito da foto: Gabriel Cabral/Folhapress