sábado, 21/setembro
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Lucro de hotéis na América Latina e Caribe dispara no 1º tri, diz pesquisa

Mesmo em meio a escalada da inflação e uma nova onda de contágios por Covid-19, o lucro de hotéis da América Latina e Caribe voltou a subir no primeiro trimestre. Uma pesquisa realizada pela HotStats, divulgada pelo HotelNews Resource, aponta que, apesar de todos os empecilhos, o setor em ambas as regiões vem se mostrando resiliente.

As nações caribenhas, que dependem em grande parte dos dólares do turismo, foram impactadas. O FMI (Fundo Monetário Internacional) relatou uma contração econômica de 7% para a região em 2020, com uma ligeira recuperação em 2021. A entidade também prevê um crescimento regional de 2,5% em 2022.

Para hotéis e resorts, a queda na lucratividade agora é agravada pela alta inflação que atingiu a região. Isso é particularmente destacado em países como: Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. A inflação começou a acelerar no final do primeiro trimestre de 2021 e não diminuiu e, de acordo com o FMI, o indicador é cerca de 150 pontos base superior ao dos EUA, para fins comparativos.


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Ainda assim, à medida que as taxas de infeção por Covid-19 apresentaram quedas significativas e as restrições foram flexibilizadas, o setor se mostrou pronto para uma retomada mais consistente, impulsionado por demandas reprimidas.

Hotelaria latino-americana

De acordo com o levantamento, os hotéis na América Latina registraram um desempenho operacional bruto por quarto (GOPPAR) de US$ 139 em março deste ano, apenas US$ 1 abaixo dos de 2019 e superior a qualquer outro mês de 2018. No primeiro trimestre de 2022, o indicador foi US$ 101 — US$ 17 abaixo do mesmo período de 2019.

A taxa de ocupação em toda a região esteja agora acima de 60% no agregado, catalisada por demandas de lazer, enquanto o mix de volume corporativo permanece comparativamente tímido.

No México, as localizações de resorts abriram o caminho. Quintana Roo, Cancún, Cozumel e Playa del Carmen, entre outras áreas turísticas, registraram GOPPAR de US$ 154 no primeiro trimestre de 2022, atingindo US$ 205 em março. É US$ 60 a mais do que o México como um todo alcançou no período. A ocupação chegou a 70% em março e a diária média foi de US$ 300 em algumas localidades.

Ainda que o Peru tenha sido talvez o país mais atingido da América do Sul, seu desempenho hoteleiro está começando a mudar. Entre fevereiro e março, o GOPPAR aumentou quase US$ 25 para US$ 42, chegando perto dos níveis pré-pandemia. A praça conseguiu manter as despesas sob controle em comparação com outras áreas sul-americanas.

Enquanto isso, o Rio de Janeiro está voltando aos números pré-pandemia. O GOPPAR de US$ 30 em março de 2022 foi US$ 20 mais alto do que no mesmo mês em 2019. O indicador do primeiro trimestre de 2022 de US$ 35 foi 169% superior ao do primeiro trimestre de 2019.

Hotelaria caribenha

Os territórios caribenhos estão adotando suas próprias abordagens para receber os viajantes de volta. Alguns reabriram independentemente do status de vacinação ou teste de Covid-19, enquanto outros contam com protocolos mais rigorosos que exigem que os turistas tomem medidas extras antes de sua viagem.

No geral, o Caribe teve uma grande melhoria de desempenho e março de 2022 viu seu GOPPAR atingir US$ 266, US$ 3 a mais do que no mesmo período de 2019. À medida que a receita total aumenta na região, as despesas também subiram. A folha de pagamento total na região no primeiro trimestre de 2022 foi de US$ 20 abaixo do primeiro trimestre de 2019, mas em março de 2022, foi de US$ 10 abaixo de março de 2019.

(*) Crédito da foto: Pixabay