Mudanças fazem parte do curso natural de tudo. O comportamento do consumidor é um bom exemplo: hoje, por exemplo, há uma busca cada vez maior por praticidade ao longo de toda jornada de compra. E, veja bem, esse movimento inclui os meios de pagamento, área em que o recurso do Pix vem explodindo. Levantamento do Banco Central, mostra que, apenas em fevereiro, o total de usuários ultrapassava os 408 milhões de chaves. Em maio, esse número subiu para 454 milhões, alta de 11,2% no período. E o setor hoteleiro? Será que já abraçou essa novidade?
Entre as OTAs, a aceitação parece acompanhar o crescimento apontado pela pesquisa. De acordo com Kimberly Lima, product manager do Hurb, o Pix é uma solução extremamente interessante devido ao seu baixo custo e rapidez nas transações.
“Em minutos, o valor do pagamento feito pelo usuário está disponível na conta da empresa, o que não acontece nas transações por boleto, por exemplo. Nossos clientes já têm o recurso disponível na modalidade à vista e, em breve, deveremos adotar o modelo parcelado”, revela a executiva, em entrevista ao Hotelier News.
Ainda segundo o relatório do BC, no recorte por tipo, as chaves aleatórias de Pix são as mais utilizadas pelos usuários. Em seguida, aparecem as de CPF, celular e, por último, as de e-mail, o que demonstra que as contas são majoritariamente de pessoas físicas, como revela o estudo.
Vantagens e desvantagens
A executiva aponta a simplicidade como principal vantagem do uso do Pix , além de ser uma solução consideravelmente democrática. Por outro lado, a falta de conectividade adequada em várias regiões do país pode representar um problema.
“O fato de usuário precisar estar conectado pode ser um desafio em regiões mais distantes, onde a infraestrutura de internet ainda é precária em comparação com os centros urbanos no país”, destaca.
Com o objetivo de compreender melhor a penetração da ferramenta pela hotelaria, o Hotelier News realizou uma enquete no LinkedIn. Apesar de não possuir nenhuma validade amostral, os números são um indicativo da aceitação do Pix pelo setor.
Dos 110 hoteleiros votantes, 35% afirmaram que utilizam o Pix para receber pagamentos dos clientes e 2% disseram que usam o recurso para pagar fornecedores. Reforçando a penetração do Pix no setor, 43% dos entrevistados pontuaram que usam a ferramenta para ambas as atividades. Em resumo, apenas 20% dos respondentes afirmaram não fazer uso da opção de pagamento.
Outros indicadores
Os dados da instituição também apontam que as transações de pessoa para pessoa aparecem como principal natureza do uso do Pix. Em março deste ano, esse tipo de operação representava 72% do total. Em seguida, aparecem transferências de pessoa para empresa (18%), de empresa para pessoa (7%) e, por fim, de empresa para empresa (3%).
Em relação aos valores movimentados, as operações de pessoa para pessoa também lideram, acumulando mais de R$ 271 milhões em março deste ano. Em seguida, aparecem as de empresa para empresa (R$ 258 milhões), de empresa para pessoa (R$ 81 milhões) e de pessoa para empresa (R$ 41 milhões).
O levantamento pode ser consultado na íntegra por meio do link.
(*) Crédito da capa: niekverlaan/Pixabay
(**) Crédito da foto: Reprodução/LinkedIn
(***) Crédito dos infográficos: Banco Central