sábado, 21/setembro
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Mercado de luxo global ultrapassa €1,5 bi em 2023 e turismo se destaca

Recorte regional

O relatório indica que a Europa e o Japão estão apresentando resiliência, beneficiados pelo aumento do turismo e taxas de câmbio favoráveis, que têm superado os níveis pré-pandemia. Em contraste, o mercado chinês enfrenta desafios devido a incertezas econômicas e um renascimento do turismo emissor, enquanto a classe média mostra comportamento de “vergonha do luxo”, similar ao observado nos EUA durante a crise financeira de 2008-2009.

Os consumidores norte-americanos, apesar de uma recuperação gradual, continuam a enfrentar pressões econômicas. As gerações mais jovens têm adiado gastos em luxo devido ao desemprego e perspectivas econômicas incertas, enquanto a Geração X e os Baby Boomers, com seu patrimônio acumulado, continuam a ser o foco das marcas de luxo.

Para alcançar novos mercados e reforçar sua presença, as marcas de luxo estão adotando estratégias variadas, combinando foco em clientes principais e eventos grandiosos com a expansão para novos territórios, como o esporte. A aproximação dos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris abre oportunidades significativas para o branding, permitindo que as empresas atinjam novos públicos e se conectem de maneira inovadora com seus consumidores existentes.


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Desempenho e sustentabilidade na hotelaria de luxo

O setor de hotelaria de luxo no Brasil teve um desempenho notável em 2022, com um faturamento superior a R$ 2,2 bilhões, de acordo com o Anuário da BLTA (Brazilian Luxury Travel Association). Este resultado representa um crescimento de 11,96% em relação ao ano anterior, refletindo uma recuperação robusta após a pandemia.

O aumento no número de unidades habitacionais e na entrada de turistas internacionais contribuiu para esse crescimento, apesar de uma leve retração no RevPar. O relatório destaca também que a expansão da oferta de luxo e o crescimento das reservas foram evidentes, com taxas de ocupação variando conforme o tipo de destino, sendo maiores em regiões naturais e no campo durante o inverno, e em destinos litorâneos nos meses mais quentes.

A hotelaria de luxo global também mostra sinais positivos, como evidenciado pela LHW (The Leading Hotels of the World), que gerou US$ 1,25 bilhão em vendas para seus mais de 400 hotéis parceiros em 2023. O crescimento consistente do segmento é impulsionado, em parte, pela recuperação do turismo na Ásia-Pacífico e pela alta demanda por viagens de longa distância, incluindo uma notável procura por destinos latino-americanos. No Brasil, a LHW observou um aumento de quase 10% na receita gerada por viajantes brasileiros, com uma demanda crescente por destinos como o Chile.

Além do crescimento econômico, a sustentabilidade continua a ser uma prioridade no setor de hotelaria de luxo. O Anuário da BLTA de 2022 revela que 97,8% dos hotéis associados utilizam lâmpadas econômicas e 93,5% adotam políticas de consumo consciente de energia. O uso de sistemas de desligamento automático e práticas de conservação da água também está em expansão, com 80% dos estabelecimentos adotando essas tecnologias. A entidade reporta que 58,7% das propriedades e 60% das operadoras associadas se envolvem em projetos socioambientais nas comunidades onde atuam, destacando a importância da responsabilidade ambiental e social no setor.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Rosewood São Paulo