domingo, 22/setembro
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Mercado internacional quer participar do desenvolvimento hoteleiro planejado no Irã

Visto com bom olhos pelo mercado internacional, o Irã tem atraído cada vez mais os principais players da hotelaria mundial. Os índices da indústria do turismo no país são atraentes. Em 2014, a economia do país, do Oriente Médio, teve inserida pelos turistas visitantes em sua economia cerca de US$ 6,5 bilhões. No ano passado, o turismo representou 7,6% do PIB – número deve subir para cerca de 9% este ano, de acordo com dados do governo iraniano. A matéria é de Jena Tesse Fox, para a Hotel Management.

Em outubro de 2015, a AccorHotels anunciou sua entrada no parque hoteleiro iraniano, tornando-se o primeiro grupo ocidental a operar hotéis no Irã, desde que o país assinou seu acordo nuclear com poderes globais, inaugurando duas unidades – ibis de 196 quartos e Novotel de 296 habitações – próximo ao aeroporto internacional de Teerã. Esses hotéis ainda operam fortemente há mais de um ano e a rede francesa está "trabalhando ativamente" para ter entre 10 a 15 outros projetos no país.

A Meliá Hotels International anunciou planos para operar o primeiro cinco estrelas a ser administrado por uma empresa hoteleira internacional desde que a revolução do Ayatollah Khomeini obrigou a saída, em 1979, de diversos operadores como Hyatt, Sheraton e de outras marcas. O Gran Melia Ghoo Hotel, em Ghoo, será o maior complexo residencial, comercial e hoteleiro a ser desenvolvido – está em construção em Salman Shahr, um local popular de férias no Mar Cáspio.


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Outras empresas hoteleiras internacionais, incluindo o alemão Steigenberger Hotel Group e a Rotana, com sede em Abu Dhabi, abriram propriedades no Irã, onde a indústria hoteleira parece estar crescendo, com três novos hotéis abertos na capital, Teerã, desde 2015 e mais alguns em planejamento.

O crescimento deve ser maior quando os embargos comerciais deixarem de existir, principalmente pelo mercado norte-americano. A Marriott já afirmou que tem muito interesse em entrar no Irã, assim como outros grupos dos EUA.

Incentivos
Hassan Rouhani, presidente do Irã, fez do turismo uma prioridade para reconstruir a economia e país está oferecendo até 13 anos de férias fiscais para os hoteleiros, em um esforço para melhorar a infra-estrutura. "Todas as atividades econômicas relacionadas ao turismo terão 100% de férias fiscais entre cinco e 13 anos, dependendo da região", disse o vice-ministro da Economia, Mohammad Khazaei.

O governo quer 300 novos hotéis nos próximos cinco anos, e Abbas Akhoundi, ministro de Estradas e Desenvolvimento Urbano, disse que já estão em andamento projetos para construir 170 hotéis de quatro e cinco estrelas. Rotana, por exemplo, planeja abrir dois empreendimentos em 2017 na cidade de Mashad, e outros dois hotéis em Teerã, no ano seguinte. Akhoundi também disse que o governo traçou planos para investir US$ 10 bilhões no desenvolvimento ferroviário, ampliando a conectividade do país.

Esses planos de ação podem ajudar a estimular os mercados que ainda têm restrições para operar no Irã. Um case recente, o de Cuba, onde o valor da indústria de turismo tornou-se aparente, a Starwood antes de se adquirida já tinha conseguido a permissão para abrir hotéis por lá. 

Serviço
hotelmanagement.net

* Foto da capa: Teerã by Pixabay/Frank497