sábado, 21/setembro
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Mercado prevê queda na Selic e inflação em 2023

Os econmistas do mercado financeiro reduziram a estimativa da taxa Selic para 12% ao ano para o fim de 2023, segundo o boletim Focus publicado hoje (3) pelo Banco Central. Atualmente, a taxa básica de juros está em 13,75%, mantida pelo Copom (Comitê de Política Monetária) pela quarta vez consecutiva. As projeções também apontam para queda do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

O levantamento consultou mais de 100 instituições financeiras sobre projeções para a economia. Na estimativa anterior, os economistas previam a Selic em 12,25% ao ano. Em relação à inflação, a expectativa é de que o indicador caia de 5,06% para 4,98%. Para 2024, também houve recuou, de 3,98% para 3,92%. E, em 2025, de 3,80% para 3,60%.

A mudança na expectativa do mercado vem depois de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, anunciar ao CMN (Conselho Monetário Nacional) a mudança no regime de metas de inflação, e definir a meta de 2026 em 3%, podendo variar de 1,5% a 4,5%, aponta o G1.


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Perspectivas

Em 2023, a meta é de 3,25% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Caso as projeções se confirmem, será o terceiro ano seguido em que a meta de inflação será descumprida, ou seja, em que o IPCA ficará acima do teto fixado para este ano. Em 2022, o indicador ficou em 5,79%.

A inflação afeta diretamente o poder de compra da população porque os preços dos produtos aumentam, enquanto os salários permanecem os mesmos. Por fim, os economistas preveem o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2,19% neste ano. Isso representa leve aumento em relação ao último relatório Focus, que apontava incremento de 2,18%.

No primeiro trimestre de 2023, o indicador teve crescimento de 1%. Na comparação anual, o avanço foi de 1,7%. Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 2,249 trilhões, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse foi o terceiro resultado positivo consecutivo após o recuo no segundo trimestre de 2021.

(*) Crédito da foto: Pedro Lareira/Folhapress