quinta-feira, 14/novembro
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Mercado projeta início de cortes na Selic para setembro

Nas últimas semanas, ganhou força a expectativa do mercado financeiro de que os cortes na taxa Selic terão início em agosto ou setembro. Por outro lado, a contínua desancoragem das expectativas de inflação mantém um viés cauteloso por parte dos economistas. O ponto de consenso está no curto prazo, na aposta de que a taxa básica de juros seguirá em 13,75% na decisão de amanhã (3) do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), aponta o Valor Econômico.

Em levantamento conduzido com 112 instituições financeiras e consultorias, apenas dois bancos – Bank of America e BRP – esperam que o Copom já reduza a Selic. Para o fim do ano, por sua vez, a mediana das projeções indica a taxa em 12,5%. David Beker, chefe de Economia para o Brasil e de Estratégia para a América Latina do BofA, diz ver riscos significativos de o Comitê postergar o ciclo de cortes nos juros.

Por outro lado, ele destaca que há espaço para uma redução imediata da Selic diante da estabilidade das expectativas de inflação, do arrefecimento do indicador e do aperto nas condições de crédito.


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PIB e inflação

Analistas consultados pelo BC (Banco Central) elevaram a expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 1% neste ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada hoje (2). No levantamento da semana anterior, a projeção era de 0,96%. Para 2024, a conta segue sendo de um crescimento de 1,41%.

A mudança ocorre na esteira da divulgação, na última sexta-feira, de que o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) registrou crescimento de 3,32% em fevereiro frente ao mês anterior, graças ao desempenho das atividades agrícola e de serviços.

Já em relação à inflação, o mercado financeiro elevou a estimativa deste ano de 6,04% para 6,05%. A meta central do indicador foi fixada em 3,25% pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%, diz o G1.

Caso a projeção se confirme, esse será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficando acima do teto fixado pelo sistema de metas. Dessa forma, quanto maior a inflação, menor o poder de compra das pessoas, principalmente as de menor renda. Para 2024, a projeção ficou estável em 4,18%, mas ainda acima da meta definida, de 3%.

(*) Crédito da capa: geralt/Pixabay