segunda-feira, 23/setembro
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MP-SP pede decretação de falência do Grupo Itapemirim

A crise no Grupo Itapemirim vem ganhando novas proporções. Com voos cancelados em dezembro, prejudicando milhares de passageiros em plena temporada de festividades de fim de ano, a empresa que iniciou suas operações aéreas em junho de 2021 teve pedido de falência solicitado pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo).

De acordo com informações do G1, a solicitação do órgão também inclui o bloqueio dos bens do dono do grupo. A promotoria afirma que os gestores descapitalizaram a companhia de ônibus para criar o braço de transporte aéreo, que permanece suspensa.

A Itapemirim está em recuperação judicial desde 2016 e deve cerca de R$ 253 milhões aos credores, além de R$ 2,2 bilhões em tributos. Apesar da situação financeira, a empresa lançou a companhia aérea no ano passado.


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Em 2020, o grupo anunciou a contratação de 600 funcionários, entre pilotos, copilotos, técnicos de aeronaves e comissários de bordo. Alguns meses depois, a ITA passou a sofrer problemas como atrasos de salários, benefícios, dívidas com fornecedores e voos cancelados.

A solicitação de falência do Grupo Itapemirim foi feita pelo promotor Nilton Belli Filho, no dia 29 de dezembro de 2021 e precisa ser apreciada pela Justiça, o que deve ocorrer ainda no recesso do Judiciário, visto que o pedido foi feito em caráter de urgência.

Demissões em massa

Em junho do ano passado, a ITA passou por reestruturações em seu corpo executivo, quando Adalberto Bogsan se tornou CEO da empresa. Ontem (3), o departamento Comercial da companhia pediu demissão coletiva, incluindo Diógenes Toloni, diretor da área.

Outros nomes como Suelda Vicente, Fabio Marasca, Lilian Tedeschi, Rodrigo Issa, Cássio Lucas, Márcia Santi, Thaís Rodrigues entre outros também entraram com pedido de desligamento da empresa.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Grupo Itapemirim