sexta-feira, 15/novembro
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Nos EUA, aluguel de temporada performou melhor que hotelaria em outubro

Levantamento da STR relativo a outubro mostra que o segmento de aluguel por temporada teve desempenho superior à hotelaria em algumas cidades americanas. Além disso, diferentemente dos hotéis, os chamados short-term rentals apresentaram expansão nos indicadores mapeados frente a setembro. Miami, Philadelphia e Nashville são exemplos de cidades onde esse movimento ocorreu no mês passado.

De fato, o segmento de short-term rentals teve ocupações expressivas em outubro, principalmente se comparadas a algumas capitais brasileiras. Na Philadelphia, o indicador fechou o mês a 70%, contra 49,2% dos hotéis. Em Miami, essa discrepância foi ainda maior 83,3% contra 41,4%, respectivamente. Por fim, em Nashville, a diferença foi menor, sobretudo pela alta de 13,1% na demanda hoteleira na cidade: 58,6% versus 44,1%, respectivamente.

Aluguel de temporada: reflexões

Os dados levantados pela STR abrem discussões interessantes em relação ao comportamento do consumidor. Estariam menos preocupados com questões de prevenção à saúde? Ou, em meio à crise econômica provocada pela pandemia, colocaram preço como fator decisivo para compra? Em teoria, a hotelaria – com seus rígidos e auditados protocolos – entregam toda segurança necessária, mas com tarifas mais altas (como já ocorre tradicionalmente).


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De qualquer forma, o Brasil tem um mercado hoteleiro estruturalmente diferente dos EUA, que é mais maduro e consolidado. Além disso, os efeitos econômicos da pandemia também se diferem, de forma que é complicado estabelecer comparações. Ainda assim, a melhor performance do segmento de aluguel de temporada serve de alerta para a hotelaria nacional, pois pode intensificar a competição em tempos de vacas magras – como acontece no Tio Sam.

Se o consumidor, de fato, relaxou em suas preocupações com segurança, o melhor caminho para a hotelaria é inovar nas experiências e serviços. É preciso investir na jornada de compra e sensibilizar o consumidor por outros caminhos que não sejam na carteira. Seu hotel já está fazendo isso?

(*) Crédito da foto: Markus Spiske/Unsplash