O avanço do ritmo da vacinação ao redor do mundo, assim como o relaxamento de algumas medidas restritivas contra a Covid-19, tem trazido certo otimismo nesse início de ano. Apesar do surgimento da variante Ômicron, que tem provocado aumento considerável de casos da doença, Stéphane Bancel, presidente da Moderna – empresa que produz vacinas contra o coronavírus – acredita que a pandemia pode estar perto do fim.
O executivo acredita que há 80% de chances de, à medida que o vírus evolui, que ele se torne cada vez menos agressivo, revela ao Valor. Bancel, por outro lado, reforça a importância da vacina, principalmente para pessoas com mais de 50 anos, com comorbidades ou alto risco de doenças graves.
“Esse vírus vai ficar para sempre, como a gripe, e temos que conviver com ele. Vamos precisar de vacinas adaptadas às novas variantes, como a Ômicron”, pontua.
LEIA TAMBÉM
Projeções
O cenário menos provável – mas ainda assim, possível – é de que a próxima mutação torne o vírus ainda mais forte do que a Ômicron. Para o presidente da Moderna, as chances de isso acontecer são de 20%.
“Acho que o mundo teve sorte que a Ômicron não é muito virulenta, mas mesmo assim estamos perdendo milhares de pessoas todos os dias em todo o planeta”, acrescenta. De acordo com a Business Insider, especialistas concordam em relação à imprevisibilidade do vírus.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial da Saúde, alertou que ainda é necessário cuidado e ressaltou, no final de janeiro, que era perigoso supor que a Ômicron seja a última variante a surgir.
(*) Crédito da foto: leo2014/Pixabay
