De acordo com dados divulgados hoje (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) variou 0,04% em junho, no segundo mês seguido de desaceleração. A variação em abril foi de 0,57% e, em maio, de 0,51%. Em junho do ano passado, o índice variou 0,69%. No período de 12 meses, o IPCA-15 foi de 3,40%, abaixo dos 4,07% registrados no acumulado imediatamente anterior.
O levantamento mostra que a maior variação (0,96%) e o maior impacto (0,14%) vieram do grupo Habitação. Já Transportes (-0,55%), diante da queda do preço dos combustíveis, puxou a variação para baixo. A gasolina (-3,40%) foi o subitem com o maior impacto individual (-0,17%) no IPCA-15 de junho.
O resultado ficou acima do projetado por analistas consultados pela Bloomberg, que previam variação mensal de 0,01%. Economistas ouvidos pela Reuters previam queda no período, segundo a Folha de São Paulo.
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Prévia da inflação: outros dados
Dos nove grupos pesquisados, seis tiveram alta em junho. E além dos Transportes, outros dois grupos registraram queda: Alimentação e bebidas (-0,51%), que estava em alta no começo do ano, e Artigos de residência (-0,01%). Em Habitação, destacou-se a taxa de água e esgoto (3,64% e 0,06%), aplicada em capitais como Curitiba, São Paulo, Recife e Belém, e a alta na energia elétrica residencial (1,45% e 0,06%) em Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Salvador.
Nos Transportes (-0,55%), a variação negativa foi puxada em grande medida pela queda nos combustíveis (-3,75%). Além da gasolina (-3,40%), os demais combustíveis também sofreram recuo nos preços: óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%). Além disso, os preços do automóvel novo caíram 0,84% e contribuíram com -0,03%. no índice do mês.
Os dados mostram que a alimentação em domicílio registrou queda, passando de 1,02% em maio para -0,81% em junho, enquanto na alimentação fora de casa houve desaceleração nos preços, de 0,73% para 0,29%.
Em relação aos índices regionais, quatro áreas tiveram alta em junho. A maior variação foi registrada em Recife (0,45%), por conta das altas da energia elétrica residencial (8,21%) e da taxa de água e esgoto (4,61%). Já a menor variação foi registrada em Goiânia (-0,66%), influenciada pela queda de 4,42% da gasolina.
(*) Crédito da foto: Eduardo Soares/Unsplash
