Andres Tapia, diretor de Aventura, Exploração e Desenvolvimento, e Enrique
Umbert, diretor geral, ambos da Mountain Lodges of Peru
(foto: Filip Calixto)
Destino conhecido e elogiado mundo afora, Machu Picchu é uma das principais atrações de um projeto que, prometendo autenticidade e roteiros não convencionais, quer mostrar o Peru pelo olhar de comunidades periféricas, moradoras de cenários paradisíacos e instaladas em locais pouco conhecidos. As viagens são articuladas pela Lares Adventure, administradora dos hotéis que integram os roteiros oferecidos, que foi montada por empresários locais e conta com o apoio de moradores para funcionar.
"A parte mais autêntica da viagem que oferecemos nasce do contato que os viajantes podem ter com as comunidades pelas quais passam. Quase todas elas são parceiras da iniciativa e oferecem guias próprios que podem mostrar o cotidiano dessas vilas e os lugares que só os nativos conhecem", comenta Enrique Umbert, diretor geral da iniciativa.
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De acordo com ele, para que um vilarejo seja incluído nos roteiros é necessário que os moradores concordem em receber turistas e normalmente isso não ocorre com facilidade. "Já tivemos comunidade que demoraram cinco anos até permitir que frequentemos o lugar com turistas. Eles precisam adquirir confiança e sentir que estamos lá para conhecer o local e não para degradá-lo", esclarece.
A empresa oferece rotas de cinco dias e quatro noites com três tipos de atividades possíveis durante o dia. "Temos passeios culturais, que são mais leves e focados na questão histórica e dos costumes de cada lugar. Há também a opção semiativa, que envolve atividades de caminhada mescladas com explicações sobre os lugares. E os roteiros totalmente ativos, que são grandes caminhadas e envolvem esforço físico".
Um dos cenários percorridos nos roteiros da Lares Adventure
(foto: divulgação / Mountain Lodges of Peru)
As viagens são feitas em grupos de até 16 pessoas que podem escolher entre as opções de roteiros disponíveis. Todas as atividades são acompanhadas por guias específicos.
As hospedagens são feitas em hotéis construídos e administrados pela Lares Adventure. Os empreendimentos geralmente têm de oito a dez apartamentos e destoam das moradias locais, por conta do tamanho e serviços de requinte. Situados em meio às comunidades, os hotéis também servem como fonte de rendas para esses povoados. Segundo Umbert, os moradores participam como sócios do empreendimento e ficam com 25% do lucro que os meios de hospedagem arrecadam.
"Acreditamos que nosso produto é único e dá acesso a visuais incríveis", resume Andres Tapia, diretor de Aventura, Exploração e Desenvolvimento do Lares Adventure. "Imagine entrar numa máquina do tempo e ser transportado para cenários remotos e esquecidos de belezas preservadas. Lidamos diariamente com isso", completa.
De acordo com os representantes da companhia, o Brasil hoje é o segundo mercado mais forte com 15% de todos os viajantes atendidos.
