No cenário dinâmico e desafiador da hospitalidade global, a gastronomia se destaca como uma poderosa conectora de culturas, experiências e tendências. Ao conversar com Gustavo Soncini, diretor de Parcerias Estratégicas e Inovação da HOSCO, uma plataforma global que conecta profissionais e empresas do setor de hospitalidade, fica claro que a gastronomia não apenas complementa o segmento, mas também se consolida como um dos seus pilares centrais, especialmente no Brasil.
Com uma carreira construída em grandes instituições internacionais, Soncini reflete sobre o impacto da educação e da inovação no setor, oferecendo uma visão clara de como essas forças podem transformar o mercado brasileiro.
Para o diretor, a base de sua carreira foi lançada na EHL (Ecole Hôtelière de Lausanne), mas ele é categórico ao afirmar que a verdadeira diferença está na adaptação ao contexto local. “A teoria internacional, especialmente quando oriunda de instituições como a EHL, é valiosa, mas, no Brasil, o dinamismo do mercado exige uma aplicação prática muito mais flexível e criativa”, comenta. Segundo ele, o sucesso não está apenas no que se aprende, mas em como se aplica. Ao longo de quase uma década trabalhando com operações de catering em São Paulo, Soncini percebeu as particularidades do mercado local, que demandam soluções alinhadas à realidade brasileira.
A gastronomia, para Soncini, desempenha um papel fundamental no sucesso da hospitalidade no Brasil. Com a diversidade de ingredientes, culturas e sabores, ele enxerga a oportunidade de transformar a culinária em uma experiência que engaja o cliente e diferencia os empreendimentos: “O Brasil tem um potencial gastronômico imenso, mas a questão está em como transformamos isso em uma vantagem competitiva. É preciso ir além do prato e criar uma conexão com o cliente”, ressalta. A personalização das experiências gastronômicas é, segundo ele, um diferencial a ser explorado para conquistar tanto o público local quanto os visitantes internacionais.
Ele também destaca a importância dos programas de capacitação no setor, com atenção às demandas brasileiras. Soncini reconhece o valor dos cursos intensivos e formações contínuas, mas enfatiza que essas iniciativas devem estar conectadas às necessidades específicas do mercado: “A hospitalidade digital, por exemplo, ainda tem bastante espaço para evoluir no Brasil. Enquanto em outros mercados a automação e a personalização digital são comuns, aqui estamos apenas começando”, avalia.
Para ele, a inovação será o grande motor da hospitalidade nos próximos anos, com a gastronomia entre as áreas mais beneficiadas: “Inovação não é apenas adotar novas tecnologias, mas repensar como operamos. No Brasil, a logística de alimentos, por exemplo, é um grande desafio que, se bem resolvido, pode reduzir custos e melhorar a experiência do cliente”, pondera. Além disso, a sustentabilidade é outro fator decisivo para o futuro do setor no país, já que práticas sustentáveis podem atrair um público mais consciente e, ao mesmo tempo, reduzir custos a longo prazo.
Soncini vê o Brasil com grande potencial para se destacar no cenário global da hospitalidade, desde que invista em adaptação, inovação e educação adequada às particularidades do país. Ele acredita que o segredo está na combinação de uma formação técnica sólida, ajustada à realidade local, com um foco claro em inovação e sustentabilidade. “A gastronomia é uma ferramenta poderosa, mas precisamos usá-la de forma estratégica. No Brasil, temos os ingredientes, a cultura e o potencial humano. O que falta é alinhar esses elementos às tendências globais e, ao mesmo tempo, manter nossa identidade”, reforça.
O profissional reúne suas atuações e as aplica de forma sinérgica ao mercado brasileiro. Para ele, a hospitalidade no Brasil, impulsionada pela gastronomia, pode não apenas atender às expectativas internas, mas também se posicionar como referência internacional. Nesse contexto, ele menciona o empenho do SEG (Swiss Education Group), que atua como parceiro na formação de profissionais que se tornam multiplicadores de conhecimento e inovação. “Com uma formação que une tradição e modernidade, o SEG oferece ferramentas para que seus alunos adaptem e expandam suas habilidades, ajudando a transformar o setor local e a posicionar a gastronomia brasileira no cenário global”, acrescenta.
Ao mesmo tempo, a HOSCO desempenha um papel estratégico ao conectar esses talentos a oportunidades no mercado, facilitando parcerias e colaborando com empresas que buscam inovação e liderança. Ao identificar e desenvolver essas conexões, a HOSCO fortalece o ecossistema da hospitalidade, contribuindo diretamente para o crescimento do setor, tanto no Brasil quanto internacionalmente.
“A educação é o alicerce, mas não a única solução. A verdadeira transformação vem da combinação entre uma formação sólida, adaptação à realidade local e parcerias estratégicas”, conclui Soncini.
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Reila acredita que “a comida é um bem que fala todas as línguas” e em sua atuação trabalha com a compreensão de que a gastronomia é uma linguagem universal que une culturas e tradições ao redor do mundo, proporcionando experiências únicas e memoráveis à mesa. O slogan de sua empresa é “Socializamos por meio da Gastronomia”.