sábado, 21/setembro
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Royal Hotéis aposta em soft brand para crescer em 2023

A Royal Hotéis mira uma expansão do portfólio e uma das apostas para atingir esse objetivo é por meio de uma marca soft brand. No modelo, a rede não assume a operação dos hotéis, ficando responsável pelas áreas Comercial e de Distribuição das propriedades, que também mantêm seus nomes nas fachadas.

“Com nosso know how, acredito que podemos trazer muitos benefícios ao hoteleiro independente do interior, que tem um perfil mais patrimonial. É esse segmento que estamos focando”, revela Acácio Pinto, diretor executivo da Royal Hotéis, em entrevista ao Hotelier News. “Estamos dando preferência a hotéis que possuem entre 50 e 120 apartamentos, cuidando 100% da venda, do marketing, da qualidade, da distribuição e do RM (Revenue management)“, completa

Royal Hotéis - Acácio_Pinto
Pinto: hoteleiro patrimonial é o foco de conversão

Técnicas de RM, por exemplo, são pouco utilizadas por esse perfil de empreendimento, acredita Pinto. “Por isso, com a conscientização e entrada dessa ferramenta de venda na gestão comercial, agregamos muito”, comenta. O executivo da Royal Hotéis ressalta que, diante do tamanho da hotelaria independente e as características das marcas soft brand, é possível expandir para diversas regiões do país.


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“Não preciso estar nas propriedades fisicamente, pelo menos não em tempo integral. Nesse modelo, estar a cada 30 ou 60 dias nos hotéis parceiros já é suficiente. Isso porque, no geral, conseguimos fazer a gestão das áreas Comercial e de Distribuição de maneira remota”, pontua Pinto.

O executivo destaca que, dentro do processo de expansão desenhado pela Royal, o estado de São Paulo é o mercado de maior potencial, principalmente a região de Campinas. “Ali há muitos hotéis independentes com o perfil que procuramos”, revela. “O Sul de Minas também está no nosso radar, com destaque para cidades como Pouso Alegre, Poços de Caldas, Varginha e Itajubá. Belo Horizonte e arredores, até por ser a região onde a empresa nasceu, faz parte dos nos nossos planos”, explica.

Expansão

O portfólio atual da Royal Hotéis conta com 10 empreendimentos, sendo quatro já convertidos neste modelo, casos do Hotel Vila Rica Campinas, Hotel Ferraz Pouso Alegre, Castro’s Park Hotel e Sertão Veredas Hotel, localizados em Goiânia e Paraopeba (MG), respectivamente. Para 2023, a meta é trazer seis novos hotéis por ano a partir das conversões utilizando a soft brand.

“Neste sentido, já estamos com 11 negociações em andamento para 2023. Se conseguirmos 50% desse número, já batemos a meta. Analisamos as boas oportunidades minuciosamente e, por este motivo, também não descartamos possibilidades de novos projetos hoteleiros dentro da estratégia de crescimento”, revela.

Para Pinto, o soft brand é um modelo extremamente interessante, porque se preserva algo que o hoteleiro independente preza muito. “Esse perfil tem grande atenção à gestão do caixa, principalmente os hoteleiros mais tradicionais. Com as mudanças que trazemos na área Comercial, elevando as margens do negócio a partir de tarifas flutuantes, esse investidor rapidamente vê os resultados. Obviamente, também damos bastante atenção à questão da qualidade, porque, definitivamente, a experiência do hóspede nunca foi tão importante quanto agora”, finaliza.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Royal Hotéis