segunda-feira, 23/setembro
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Segmento de luxo lidera recuperação hoteleira

A recuperação hoteleira tem sido liderada pelo segmento de luxo em praticamente todos os mercados. Alex Dragan, diretor sênior de Análise Global da Four Seasons Hotels & Resorts, diz que o domínio do luxo sobre a demanda por hotéis parece continuar até 2045, principalmente devido aos millenials.

Os empreendimentos do segmento devem garantir que são relevantes para esse novo público e o marketing deve ser atualizado, destaca o executivo. Dragan acrescentou que, a cada ano que passa, houve mudanças na demanda central de saúde e segurança para uma de serviço, diz o Costar.

“Os hóspedes estão se tornando mais críticos, então pergunte o que eles querem”, afirma Dragan. Ele pontua que muitas cadeias de hotéis de luxo agora oferecem ofertas residenciais, jatos particulares e iates, além de opções avançadas de bares e restaurantes.


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“A maior parte de suas viagens está fora do caminho comum e beneficia o local. Os influenciadores são importantes, assim como os destinos gastronômicos e a onda do bem-estar”, comenta.

Aumento da oferta de luxo

As opções no segmento são abundantes e estão aumentando, endossa Aiofe Roche, diretora sênior de Hotéis Comerciais da STR, que em 2018 classificou 15 marcas de hotéis de luxo. Hoje, esse número cresceu para 52 marcas.

Aoife diz que o luxo foi o primeiro segmento a se recuperar da pandemia e a tendência de crescimento não diminuiu. “Em 2023, isso continuou, mas [os gastos com luxo] mudaram. Viagens de negócios e reuniões voltaram”, afirma.

Dragan, por sua vez, comenta que para empresas de luxo já estabelecidas, o amplo conjunto de bandeiras não é “nada assustador, mas sim uma grande oportunidade”.

Na América do Norte, por exemplo, havia 27 mil quartos, ou 14% de toda a oferta hoteleira existente. Já na Europa, foram 19 mil quartos, 18% da oferta total. “Houve um crescimento fenomenal na diária média no luxo, mas os outros segmentos também estão indo bem, embora o luxo retenha ouro em comparação com 2019, vendo um aumento de 18% na receita por quarto disponível em relação aos níveis de 2019”, finaliza Roche.

(*) Crédito da foto: Peter Kutuchian/Hotelier News