Mesmo jovem, a experiência de Felipe Pereira na hotelaria fala por si. Antes de chegar à diretoria de Vendas do grupo Belmond em março de 2021, voltamos quase 11 anos na carreira do executivo. São passagens duradouras por uma série de players importantes: Aviva, Grupo Pestana, Hotel Unique, além de um ano como professor na Faculdade Roberto Miranda.
Natural de São Paulo, o personagem de hoje na seção Três perguntas do Hotelier News, Pereira é formado em Administração Hoteleira pela UAM (Universidade Anhembi Morumbi) e certificado como profissional CRME (Certified Revenue Management Executives) pela HSMAI. O curso foi conduzido na Califórnia, nos Estados Unidos.
O profissional falou sobre os desafios nos últimos meses, tendências ao setor e a situação dos empreendimentos que observa de perto — Copacabana Palace e Hotel das Cataratas (PR). Leia mais sobre a atuação de Pereira abaixo.
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Três perguntas para: Felipe Pereira
Hotelier News: Em quais níveis a pandemia atrapalhou os planos da Belmond em 2020/2021? Quais a expectativa para o resto do ano e a melhor estratégia para superar esse período?
Felipe Pereira: Com a atual conjuntura, nossos planos, assim como de todo o setor, tiveram impactos. Nos adaptamos rapidamente e seguimos a tendência de venda de vouchers para utilização futura, num formato diferenciado privilegiamos esta comercialização exclusivamente para nossos queridos parceiros, os agentes de viagens e fortalecemos ainda mais a relação da Belmond com o Trade. Após isto, com as reaberturas e flexibilizações recentes, já pudemos perceber um aumento na procura dos estabelecimentos e temos expectativa que 2021 será um ano positivo dentro do atual cenário brasileiro.
Nossa estratégia comercial a curto prazo atualmente está focada no público nacional, que está impedido de viajar para o exterior e aproveita o momento para descobrir ou redescobrir o seu país.
HN: Quais as principais diferenças nos resultados dos empreendimentos supervisionadas por você? Existe alguma peculiaridade em números nesse período? Qual?
FP: O Copacabana Palace tem recebido muitos cariocas, que estão aproveitando o momento para curtir a própria cidade e a nova modalidade do “staycation”. Uma peculiaridade é o aumento na estada média dos hóspedes, que está girando em torno de três noites.
No Hotel das Cataratas o perfil do público é aquele que busca bem-estar e contato com a natureza. Como o hotel está localizado dentro de um parque nacional e com localização privilegiada para uma das sete maravilhas da natureza, é perceptível uma grande procura por famílias que pretendem escapar das cidades grandes para se reconectar.
Em ambos os empreendimentos podemos observar que as reservas se acentuam em feriados e finais de semana.
HN: Quais as perspectivas da rede para o pós-pandemia? Existe alguma novidade em vista para os próximos meses?
FP: Estamos positivos que no primeiro trimestre de 2022 estaremos com a mesma ocupação de antes da pandemia. Além de colher os frutos do trabalho construído com o mercado nacional, existe um trabalho que já está sendo executado com o mercado internacional, participação de feiras e eventos (online) e os presenciais planejados para o fim do ano. Acreditamos numa retomada do turismo internacional e estamos nos preparando desde já, além de termos negociações para alguns projetos para o próximo ano.
(*) Crédito da foto: Divulgação/Belmond
