sexta-feira, 15/novembro
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Três perguntas para: Flávia Amaral

Experimentar e conhecer diferentes áreas de atuação foi parte fundamental para Maria Flávia Amaral escolher qual carreira seguir. Gerente geral do ibis Copacabana, a profissional trabalhou em buffet infantil, eventos em colégios e universidades, mas foi a hotelaria que chamou a atenção da executiva.

“Sempre soube que gostaria de passar por diversos departamentos antes de decidir qual caminho seguir”, explica. Já no setor hoteleiro, Flávia passou por diferentes áreas, como eventos, A&B (Alimentos & Bebidas), governança e recepção. “Me encontrei com o meu primeiro cargo dentro de hotel como estagiária na rede Astron, depois passei pela rede Estanplaza durante seis anos, até chegar a Accor onde estou há 10 anos, tendo atuado em hotéis em São Paulo e Rio de Janeiro”, acrescenta.

Natural de Marília (SP), casada e mãe da Isabella, de cinco anos, a executiva aproveita o tempo livre ao lado da família ou nas aulas de spinning. Formada em Hotelaria pela Universidade Anhembi Morumbi, ela ainda possui pós-graduação em Gestão Hoteleira e MBA em Gestão de Projetos.


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Hotelier News: Como foi o primeiro semestre para o ibis Copacabana? Quais foram os reais impactos da segunda onda de contágios?

Flávia Amaral: O primeiro trimestre foi muito positivo para unidade, janeiro e fevereiro foram um respiro para o que pensávamos que seria a retomada, claro que nada comparado a anos anteriores, onde esses meses são de altíssima temporada. Ainda em março estávamos com grupos grande no hotel e da metade de março e abril sentimos muito, voltamos a patamares de ocupação de agosto de 2020, com uma grande diferença, sem o caixa que tínhamos em 2020. Muitos hotéis da região voltaram a fechar. Os reais impactos foram pouquíssima ocupação, quase nenhum fluxo de caixa, hóspedes amedrontados, e as incertezas de melhoria.

HN: O Rio de Janeiro, além do forte apelo para o lazer, também possui sua fatia do corporativo. Como estão as demandas de ambos os segmentos?

FA: O lazer sempre foi grande parte da segmentação do hotel e acredito que para a maioria dos empreendimentos em Copacabana. O bairro possui um apelo muito grande aos turistas de todos os locais, além de ser fácil acesso à praia mais famosa do Brasil e a diversos pontos turísticos da cidade. O corporativo volta timidamente, mas já vemos grande melhoria do início do ano para agora. Vejo que há muita demanda corporativa reprimida ainda, e algumas viagens a trabalho em algumas situações se faz necessária, além disso com a tendência que temos do bleisure travel, onde o hóspede pode unir uma viagem de trabalho com momentos de lazer, e aqui no Rio é o local mais que propício para essa nova tendência do turismo.

HN: Vai ser possível chegar aos patamares de 2019 ainda este ano? Quais as expectativas para o fim de 2021?

FA: Todos gostaríamos que sim, mas conseguimos acompanhar todas as análises de empresas especialistas como a HotelInvest, JLL e sabemos que infelizmente isso não ocorrerá esse ano. A ocupação está crescendo, a procura pelos finais de semana, feriados e Réveillon já é alta, esperamos ocupações mais altas (acima de 50%) para esse último quadrimestre porém ainda devendo muito em diária média. Um ponto sensível é ainda a “guerra tarifária” dos hotéis, forçando a diária média para baixo, o que acaba prejudicando o setor de hotelaria como um todo. Como nosso setor é muito pulverizado com várias redes hoteleiras e hotéis independentes, é muito mais difícil haver um consenso de tarifas justas a serem praticadas.

(*) Crédito da foto: Arquivo pessoal