quinta-feira, 14/novembro
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Três perguntas para: Moema Lorencetti

Apaixonada pela hotelaria desde criança, quando viajava e se hospedava com seus pais pelo país, Moema Lorencetti tinha certeza do que faria profissionalmente desde muito jovem. “Brinco com o time da recreação que eles foram foram meu primeiro encantamento dentro de um hotel e desde sempre tinha certeza de que era isso que eu queria fazer da minha vida”, diz a recém-contratada gerente geral do Hot Beach Resort, uma das propriedades do Hot Beach Parques & Resorts na cidade do interior paulista.

Com experiência tanto no segmento de lazer, quanto no corporativo, Moema acumula passagens por Bristol Hotéis, Holiday Inn Anhembi e Accor, entre outras empresas, além de ter morado em diferentes cidades do país ao longo da carreira, como toda boa hoteleira. “Também morei e trabalhei na Austrália, país onde decidi viver um pouco para aprimorar meu inglês. Então, todas essas mudanças foram muito enriquecedoras, como pessoa e profissionalmente. Fez eu crescer bastante e enxergar as coisas de forma diferente. Foi um grande aprendizado de vida”, diz.

Natural de Londrina (PR) e apaixonada por tênis, pratica o jogo nas horas vagas e acompanha os torneios e o circuito profissional. Não à toa, a convidada e hoje da sessão Três perguntas para teve sua última leitura relacionada ao esporte. “Acabei recentemente a biografia do Andre Agassi, que era meu ídolo na adolescência, assim como de outros tenistas. Foi interessante porque, muitas vezes, você só vê as grandes conquistas desses atletas e desconhece sua história de vida. Não imagina o que ele passou até chegar ali e, então, foi um livro que me emocionou muito”, diz.


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Três pergunta para: Moema Lorencetti

Hotelier News: Você assumiu a gerência Hot Beach Olímpia há pouco mais de dois meses e, apesar do pouco tempo, já mapeou desafios e oportunidades para fazê-lo crescer e melhorar seu posicionamento no mercado. Neste sentido, quais estratégias que você pretende adotar?

Moema Lorencetti: Acho que o setor tem um grande desafio atualmente, que é a questão da mão de obra. Quando me refiro a isso, quero dizer atrair e reter talentos. A hotelaria exige muito, não é? Demanda treinamento, preparo e postura, além de ter horários diferentes de uma rotina padrão. Então, o Hot Beach tem um olhar muito forte para a retenção, o que passa por entender as motivações dos profissionais, conceder bons benefícios e etc, criando um ciclo muito bacana neste sentido. Além disso, seguimos buscando colaboradores fora de Olímpica, já que a cidade não comporta mais a demanda gerada.

Em paralelo, pensando na percepção do cliente, acompanhamos constantemente as avaliações dos clientes nas principais plataformas, porque isso te dá um visão muito forte do hotel em relação à qualidade. Então, a partir desses indicadores e observações regulares, buscamos criar estratégias para melhor posicionar a marca no mercado. É um foco muito grande de todas as lideranças da empresa. Chegamos a falar duas, três vezes na semana especificamente sobre o acompanhamento dos índices de satisfação.

É um entendimento geral de que, se a qualidade está boa, você está bem posicionado no mercado e atrai mais público. Até porque, nosso produto é muito bonito, encanta o cliente e, por isso, olhar para esses detalhes que esses indicadores nos trazem ajuda a melhorar. E aí, na parte de serviço, voltamos para a questão do desafio de mão de obra, que precisa estar preparada. Apostamos muito em treinamentos e, desde que cheguei, fico muito junto com a equipe acompanhando essas capacitações, participando dos briefings de comunicação. Também circulo muito pelo empreendimento, fico muito presente nos momentos de grande fluxo para entender como é que o público está entendendo aquilo tudo, coletando esses feedbacks presenciais para dar continuidade a melhorias no negócio.

HN: Olimpia é um destino consolidado, que atrai muitos turistas. Como o Hot Beach está trabalhando para continuar captando demanda e mantendo seu crescimento?

ML: Como costumam falar, Olímpia é o Orlando brasileira. Por mais que conhecesse a cidade, só entendi sua dimensão quando cheguei aqui. Nossa marca é muito forte na cidade e, junto a isso, estamos fazendo esse reposicionamento, com a chegada de novas lideranças. Então, estamos muito focados em vender bem o empreendimento, com foco no lazer, que é muito forte, mas olhando com bastante atenção também para a área de Eventos, atendendo tanto aqui, quanto no parque. O Celebration, que é outro hotel da rede, também tem salas – e o mesmo vale para o Thermas Park, que é menorzinho e tem outra característica. Então, é um foco muito forte da empresa e, mesmo neste ano, já nos trouxe resultados.

O grupo também está permanentemente se movimentando. Já temos uma excelente infraestrutura, mas a empresa sempre está de olho em como aumentá-la. O parque deve expandir e também existem planos para crescer ainda mais a Vila Guarani. Então, tem muita coisa sendo planejada para atrair mais o público. Em breve, por exemplo, vamos abrir o Terraço 841, que será operado por um terceirizado, mas que vai se transformar em mais uma opção para quem está aqui. Tudo isso vai se somando na estratégia para atrair demanda.

HN: O ano de 2025 está se aproximando e toda hotelaria já começa a vislumbrar o cenário para o ano seguinte. Quais as expectativas do Hot Beach? Que iniciativas estão sendo desenhadas?

ML: Nós estamos em fase de finalização do orçamento para o ano que vem. A expectativa é muito positiva, porque, pensando no lazer, será um ano com mais feriados prolongados, o que nos abre uma expectativa de melhoria na demanda do segmento. E, como falei, seguiremos com um trabalho forte com grupos e eventos, que continuará sendo uma estratégia importante. Então, mesmo com a perspectiva do fim do Perse, que é um incentivo fiscal relevante para a indústria, estamos com uma expectativa muito positiva. Não vou dar spoiler, até porque ainda não fechamos o orçamento, mas acreditamos que 2025 será um ano muito positivo.

(*) Crédito da foto: Lucas Barbosa/Hotelier News