Paulo Mai vive e respira música. E não por acaso o criador e apresentador do programa Jazzmasters fez de sua paixão um estilo de vida e a estrela guia de sua trajetória profissional. Há 45 anos atuando na rádio, ele acumula passagens pelas principais emissoras do país e iniciativas para televisão.
Nos anos 70, Mai iniciou sua carreira na Rádio Cultura de Pederneiras, no interior de São Paulo. Em seguida, atuou como locutor de FM na cidade de Jaú, o que garantiu sua entrada para a Morada do Sol FM, em Araraquara e Clube FM, em Ribeirão Preto. Em 1982, já na capital paulista, foi contratado pela Antena Um, assumindo um dos principais horários da emissora até ingressar na consagrada Jovem Pan 2, ancorando sucessos como o São Paulo by Night e Comando 100.9.
Em 1994, criou um dos programas mais lembrados pelos fãs de rádio – O LM Music – comandado por Julinho Mazzei diretamente de um estúdio montado em sociedade com Julinho em NY. Foram dois anos de projeto, veiculado pela Rede Transamérica FM.
Já em 1996, criou e apresentou o programa Chivas Special Times na Eldorado FM para a Seagram do Brasil como parte da campanha de seis meses para rejuvenescimento da marca. Foi naquele momento que a paixão pela música negra, em especial o Jazz, nasceu.
“Minha paixão pelo Jazz, ficou acentuada, ao pesquisar e produzir o Special Times, me encantei com aqueles sons, que tiveram suas origens no final dos anos 1800 nos EUA. Uma história rica, cheia de gênios e que estavam sendo redescobertos por todos os artistas e suas novas sonoridades que estávamos tocando no programa. Um imenso caldeirão de ritmos e novos sons que traziam toda a essência do Jazz.”
Seu grande orgulho é o de ter se dedicado durante praticamente dois anos para adequar o Teleton, original dos EUA, para a nossa TV. Todo o projeto foi doado para a AACD e entregue nas mãos do então vice-presidente Clovis Scripilliti, em 1997. Participou da implantação no SBT, fez a ponte com outras redes televisivas, e assim trouxe mais colaboradores, como produtoras independentes para ajudar na produção de conteúdo.
No início dos anos 2000, especificamente em 2004, Paulo Mai criou o Jazzmasters, que hoje apresenta ao lado de Dudão Melo e DJ Modell. O programa começou na Eldorado FM e foi consagrado com prêmio em seu ano de estreia pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte, como o Melhor Programa Musical do Rádio), e hoje é transmitido pela Alpha FM e mais de 20 emissoras do Brasil e exterior.
Três perguntas para: Paulo Mai
Hotelier News: Recentemente, o Jazzmasters firmou parceria com o Hotelier News. Quais ações estão previstas para este ano? Que tipo de conteúdo a união visa levar aos leitores e ouvintes?
Paulo Mai: Estamos preparando eventos online e presenciais, unindo música e hospitalidade. Com isso, podemos mostrar como esta união é parte fundamental da experiência para uma boa estada. Seja na hora das boas-vindas até a hora de sua partida.
Outra ação importante é a oportunidade de apresentarmos aos gestores hoteleiros a força da comunicação no rádio, que é o meio de maior credibilidade entre todos, segundo a mais recente pesquisa da XP Investimentos e Ipesp. Portanto, queremos mostrar que a utilização inteligente dessa mídia pode despertar o desejo dos viajantes em visitar novos hotéis, novos locais e ampliar o conhecimento da marca.
Desta forma, divulgaremos programetes com o conteúdo riquíssimo do Hotelier News, dentro dos nossos espaços de mídia da Rede Jazzmasters que conta hoje com 25 emissoras em importantes cidades. Falaremos sobre dicas de viagem, hospedagens, roteiros, entretenimento e outras pautas que visam fortalecer esse setor tão importante para a economia do país.
HN: De que forma o jazz e a hotelaria estão conectados? Algum empreendimento em especial que tenha sinergia com o estilo musical?
PM: Desde que cheguei a São Paulo, nos anos 80, os hotéis já eram pontos de referência para inúmeras reuniões, ao som de piano, da bossa e do jazz. Me encantei com aquilo e quando conheci o 150 Night Club, no Maksoud Plaza com Etta James em 87, tive mais certeza da sinergia entre o turismo e o entretenimento. Inclusive hoje, eles têm o Frank Bar como justa homenagem a Frank Sinatra. Assim como este empreendimento, tenho acompanhado o surgimento de inúmeros espaços temáticos dentro de hotéis, seja aqui no Brasil ou no exterior. O jazz tem esta característica, está presente em todas as camadas sociais, atraindo hóspedes e visitantes para pequenos ou grandes eventos.
HN: Falando do ponto de vista do hóspede, qual parte da experiência hoteleira você acredita ser mais relevante?
PM: Não há dúvida, quero ser surpreendido além de todo o conteúdo que o hotel me oferece na sua comunicação. Isto é importante. Quando chego ao empreendimento, o primeiro sorriso no check-in é fundamental; a limpeza do ambiente e das acomodações, a experiência gastronômica e como o hotel cuida de pequenos detalhes para que o meu período ali seja memorável é algo que vou levar e amplificar. A música liga tudo isso, desde a chegada até a partida. É o meu momento de prazer, sou música 24 horas por dia, e estou conectado a ela, seja nas áreas de lazer, sociais e claro, pelos eventos temáticos.
(*) Crédito da foto: arquivo pessoal