domingo, 22/setembro
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Viagens corporativas faturam R$ 8,9 bilhões em fevereiro, diz Alagev

De acordo com levantamento da Alagev (Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas), feito em parceria com a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), o setor de viagens corporativas registrou faturamento de R$ 8,9 bilhões em fevereiro. O resultado representa crescimento de 59,5% frente ao mesmo período do ano passado e é a maior receita para o mês desde 2015.

O estudo aponta que o incremento deve-se ao fato de que fevereiro de 2022 foi considerado o auge dos casos de pessoas contaminadas pela variante Ômicron do Covid-19. Diante da apreensão no país, as empresas tomaram atitudes como postergar e até mesmo cancelar as viagens corporativas e eventos, prejudicando o desempenho do segmento. Dessa forma, a base comparativa fragilizada permite variações mais expressivas.

A movimentação das viagens corporativas, que contabiliza serviços de turismo, meios de hospedagem, alimentação, transportes e agências de viagens, segue em uma trajetória consistente de crescimento. Nas companhias aéreas, por exemplo, o volume de pessoas viajando chegou a um patamar similar ao período pré-pandemia, porém as organizações estão pagando valores acima do registrado na época, contribuindo para a elevação da receita.


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O relatório destaca ainda que, apesar de os custos ainda estarem mais elevados em relação ao ano passado, já há sinais de desaceleração e até mesmo recuo de preços em alguns serviços de turismo. Essa tendência, de tarifas mais brandas, é importante para que os gestores das empresas tenham maior previsibilidade e espaço para ampliar a frequência de viagens corporativas, encontros e eventos, estimulando o setor.

“No relatório anterior, sobre janeiro, já tínhamos apresentado o melhor desempenho desde 2015, e esse recorde foi batido novamente, quando comparamos fevereiro com o mesmo período dos últimos anos. As agendas de eventos estão lotadas e percebemos a valorização dos encontros presenciais”, comenta Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev.

De maneira geral, o dado de fevereiro é positivo e mostra que o segmento está atingindo patamares similares ao período anterior à crise sanitária. Ou seja, se consolidando em seu tamanho normal, próximo aos R$ 10 bilhões mensais de faturamento.

No entanto, a entidade diz que, para que atinja novos recordes, não somente pelo aumento de preços, mas por uma demanda mais adequada, é necessário que o Brasil apresente um crescimento mais forte, com melhores taxas de juros. Por exemplo, a Selic em 13,75% é um entrave aos investimentos produtivos. Ela deve continuar a cair no segundo semestre deste ano, trazendo maior otimismo para o setor corporativo. A pesquisa pode ser consultada na íntegra por meio do link.

(*) Crédito da foto: garten-gg/Pixabay