Um dos estabelecimentos da Vila Galé na Bahia, em Camaçari
O grupo português Vila Galé informou nesta segunda-feira (18) que abandonará o projeto do resort Costa do Cacau, na Bahia. O empreendimento receberia investimentos de R$ 150 milhões. O motivo da desistência são pressões ocorridas pelo fato do resort ser construído em um local supostamente considerado de potencial demarcação indígena.
No entanto, em nota, a Vila Galé argumentou que elaborou todos os estudos e projetos – desde arquitetura e ambientais – e que foram aprovados pelo Governo da Bahia e prefeirura de Una. Informou também que, desde o anúncio da construção do empreendimento, não surgiu qualquer reclamação ou reivindicação sobre propriedade indígena no local. "Tratando-se de um tema delicado que suscita estados emocionais por parte de alguns setores, fomos acusados de falsidades inconsistentes e graves", informa um trecho da nota.
Diz ainda que no local e em um raio de vários quilômetros no entorno de onde seria construído o resort, não teria qualquer tipo de ocupação e nem sinais de presença indígena. "Não existe qualquer reserva indígena decretada para esta área, nem previsão de a vir a ser. Passaram três mandatos governamentais anteriores, com vários ministros da Justiça e nenhum deles aprovou a demarcação das terras indígenas", informou a rede, em nota.
Vila Galé: o empreendimento
O projeto do resort teria inspiração na obra Gabriela, de Jorge Amado, conforme noticiado em abril pelo Hotelier News. Teria ainda cinco restaurantes, alguns à la carte e salas de eventos.
(*) Crédito da foto: Divulgação/Vila Galé