A hotelaria carioca atravessa um momento próspero. Com a pandemia ficando no retrovisor, muitos hotéis na cidade já recuperaram – e até superaram – os níveis de 2019 tamanha a demanda na cidade. No acumulado até outubro, segundo dados do InFOHB, o RevPar no Rio e Janeiro estava em R$ 198,12, alta de 32,8% frente ao período pré-Covid. Propriedades de toda capital fluminense, mesmo na Barra da Tijuca, surfam esse bom momento. É o caso do Vogue Square Fashion Hotel by Lenny Niemeyer, que encerrará 2022 com receita recorde.
Inaugurado para a Olimpíada de 2016, o Vogue Square Fashion Hotel fica dentro do complexo multiuso Vogue Square. Segundo Rodolfo Oliveira, CEO da da XR Advisor, que é uma das sócias do hotel, a demanda já dava sinais positivos na virada do ano. “Desde então, o ativo vem performando bem melhor do que esperado. Devemos fechar 2022 com uma receita recorde de R$ 30 milhões”, revela. “Praticamente dobramos a diária média anual na comparação entre 2019 e 2022, pulando de R$ 210 para R$ 410”, completa.
Além do reajuste de preço, a propriedade independente também vem registrando boas ocupações, com uma média acumulada de 85% no ano. Segundo Oliveira, o bom resultado é fruto de um forte trabalho de gestão pessoas, processos e tecnologia e uma afiada estratégia de RM (Revenue Management). Ele destaca o mês de setembro como um dos pontos altos de 2022, em especial por conta do Rock in Rio. “Nosso faturamento no mês foi de R$ 4 milhões, que foi uma receita superior ao mês olímpico, em 2016.”
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O bom momento permitiu aos proprietários investir na renovação do Vogue Square Fashion Hotel, que tem 222 apartamentos. O retrofit contemplou não apenas os apartamentos e áreas comuns, mas também o centro de convenções, em um investimento de R$ 6 milhões. “Modernizamos ainda os elevadores, repaginamos os apartamentos em relação a persianas, estofados, banheiras, piscina, sistema de tubulação de ar e mobília”, destaca Oliveira.
Ele acrescenta que o centro de convenções também recebeu melhorias no espaço e na mobília, além ganhar um incremento na experiência oferecida a partir do investimento em marketing olfativo. “Nas próximas semanas, toda a mobília do lobby será trocada já com foco nas festas de final de ano. Vamos ainda oferecer ainda mais experiências aos hóspedes no que se refere à gastronomia e relacionamento de alto padrão”, reforça
Perspectivas
Para 2023, Oliveira também prevê um cenário positivo, mesmo sem a realização do Rock in Rio, que lotou os hotéis cariocas. “Olha, diante das premissas micro e macroeconômicas, posso dizer que nunca fiz um budget com cenário positivo no Brasil”, brinca o executivo. “Agora, isso também nunca me atrapalhou para projetar. Ainda assim, acho que as perspectivas são melhores do que nos anos anteriores”, destaca.
Para ele, o dólar alto tende a favorecer o mercado doméstico, e o Rio de Janeiro é um dos destinos mais procurados do país. “Tenho expectativa de aumento da diária média e estou revendo, para cima, as tarifas de acordos comerciais. O único ponto de atenção é mesmo a ausência do Rock in Rio, mas mesmo assim espero faturar pelo menos os mesmos R$ 30 milhões de 2022, isso por conta da ocupação, que estou estimando que será menor do que este ano”, finaliza.
(*) Crédito das fotos: Divulgação/XR Advisor
