A OYO acaba de anunciar mais uma aquisição, desta vez com foco no mercado norte-americano. Após comprar a Checkmyguest, empresa de gerenciamento de aluguel por temporada sediada em Paris, avaliada em US$ 27,4 milhões, a rede indiana firmou um acordo com a Blackstone, passando a ser a detentora das marcas Motel 6 e Studio 6, diz o Skift.

A transação de US$ 525 milhões, totalmente em dinheiro, de acordo com a Blackstone em um comunicado à imprensa, é a segunda tentativa da OYO em ganhar espaço nos EUA. Ritesh Agarwal, CEO e cofundador da rede, confirmou a aquisição ao Skift.

O Motel 6 tem cerca de 1,5 mil locais nos EUA e no Canadá e agora é uma marca com poucos ativos. Atualmente, a OYO opera 320 hotéis em 35 estados norte-americanos. Com foco em franquias, a marca da Blackstone gera US$ 1,7 bilhão em receitas brutas anuais de quartos.

A OYO foi avaliada no mês passado em US$ 2,4 bilhões em uma rodada de arrecadação de fundos.

Sobre a aquisição

O Motel 6 continuará a operar como uma entidade separada e o negócio inclui a marca hoteleira Studio 6. A expectativa é que a transação seja fechada antes do final do ano.

Para a OYO, o acordo traz o forte reconhecimento da marca e ampla presença do Motel 6. A base de clientes hoteleiros mais forte da empresa indiana está no seu país natal, que tem uma diáspora significativa que visita amigos e familiares nos EUA e possui alojamento na América do Norte. Portanto, a rede pode ser capaz de gerar alguma demanda incremental na Índia.

“O forte reconhecimento da marca, perfil financeiro e rede do Motel 6 nos EUA, combinados com o espírito empreendedor da OYO, serão fundamentais para traçar um caminho sustentável para a empresa”, disse Gautam Swaroop, CEO da OYO International, em comunicado.

A transação encerra os 12 anos de propriedade da Blackstone na icônica rede de hotéis econômicos, que adquiriu da Accor por US$ 1,9 bilhão.

Parece um mau retorno, mas a Blackstone conseguiu mais do que triplicar o capital dos seus investidores e gerar milhões de dólares em lucro, investindo US$ 900 milhões na melhoria das propriedades e depois vendendo centenas delas.

(*) Crédito da foto: Divulgação/OYO