Buscando agilizar empréstimos a donos de hotéis da rede, a OYO firmou parceria com a Loft, startup que facilita a compra, reforma, troca, financiamento e vendas de imóveis. O acordo foi pensado para ajudar parceiros a se prepararem para a retomada do turismo no país.

A startup vai acelerar a obtenção de CGI (Crédito com Garantia de Imóvel) aos hoteleiros independentes para que eles tenham dinheiro na mão e tome fôlego em meio à pandemia. Além de quitar dívidas e regularizar pendências, a proposta é que o crédito seja usado para viabilizar padronizações dos empreendimentos.

“Temos em nosso portfólio mais de 450 hotéis que podem ser beneficiados, além dos novos parceiros hoteleiros, que entram na base a cada dia”, comenta Eduardo Difini, diretor de desenvolvimento comercial da OYO Brasil. “Mesmo durante a pandemia, fechamos o dobro de novos contratos no terceiro trimestre na comparação com o segundo. A expectativa agora é manter os bons resultados. Por isso, unir forças com a Loft nesse momento é crucial para contribuirmos com a rápida retomada de pequenos e médios empreendedores de hospitalidade da nossa base”.

“Nosso objetivo, com essa parceria, é oferecer uma solução financeira acessível que possibilite ao empresário dono do hotel aumentar seu faturamento com a OYO sem ter que investir um real para isso”, diz Raphael Tomé, diretor de Negócios e Vendas de Crédito na Loft.

OYO: como funciona

Na prática, por intermédio da Loft, o proprietário do hotel pode pedir um empréstimo entre R$30 mil e o teto de 60% do valor do imóvel – basta usar um imóvel como garantia para obter o crédito. A garantia pode ser o próprio hotel ou um outro imóvel comercial, mas também são aceitos apartamentos, prédios e casas, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas.

Além do alívio nas contas, o CGI é para quem precisa investir ou está vendendo um imóvel e quer adiantar parte do valor. Dessa forma, o imóvel continua à venda normalmente e o proprietário pode quitar o empréstimo quando vender, ou em parcelas mensais ao longo do contrato. Ou fazer a quitação a qualquer momento, sem acréscimo – o prazo máximo é de 12 anos, com carência de até seis meses. A taxa de juros baixa, a partir de 0,85% ao mês, tem feito a procura por esse tipo de crédito subir na pandemia.

Vale ressaltar que recentemente o SoftBank passou a acompanhar de perto as operações da OYO na América Latina em função da crise do setor em joint venture. O banco usará US$ 5 bilhões de seu fundo latino-americano para formar uma nova empresa, chamada OYO Latam. Estima-se que a instituição financeira tenha investido US$ 75 milhões nas operações da rede.

(*) Crédito da foto: Peter Kutuchian/Hotelier News