Poltronas e banquetas ‘Cork’ instaladas
no restaurante do Hotel Estanplaza

(foto: divulgação)
 
O desmatamento da floresta começa longe dela. Este é o conceito que a Peça Única Móveis, fornecedora de mobiliário para hotéis, desde 1996, pretende propagar no setor. De acordo com Sandra Arruda, diretora da empresa, a cultura da sustentabilidade tem de ser difundida, primeiramente, no meio corporativo e nas grandes empresas.
 
No setor hoteleiro, a empresa atende o Luz Plaza Hotel, o Hotel George V Itaim, o Sheraton Barra, o Meliá Confort Berrini, o Gran Estanplaza, o Estanplaza Chácara Santo Antônio, o Meliá Confort Jesuíno Arruda, o Crowne Plaza Hotel, o Quality Faria Lima, o Transamérica Flat The Advance e o Mercure Trianon São Paulo.
 
Sandra Arruda:
 “Filtrar o que é consumido pode ajudar.
Uma atitude já é melhor do que nenhuma”
(foto: Dênis Matos)
 
“A ideia é pesquisar novas formas de se produzir móveis, mudando o hábito de consumo. As grandes redes de hotéis já querem este novo padrão. Já os hotéis independentes ainda precisam ser lapidados”, avalia Sandra.
 
A empresária explica que o material utilizado pela Peça Única é proveniente de madeira de reflorestamento. Para isso, a empresa criou parcerias com empresas de reflorestamento – que tenham iniciativas de redução de desperdício e de consumo de produtos sustentáveis e certificados – para viabiliar o padrão ecológico das peças produzidas. “Nós fazemos uma triagem de fornecedores e pesquisamos bastante no meio científico brasileiro. Filtrar o que é consumido pode ajudar. Uma atitude já é melhor do que nenhuma”, articula.
 
Segundo Sandra, outros materiais envolvidos no processo de fabricação também são avaliados. “Recentemente fizemos um protótipo para a rede Accor de um móvel que usava cromo.
Como o material é muito poluente, nós sugerimos que fosse utilizado aço inox ou alumínio – explicando os problemas do cromo. Eles, automaticamente, gostaram da sugestão”, conta. A
empresária comenta que a rede Accor, inclusive, iniciou campanha, em parceria com a Peça Única, para que seja plantada uma árvore para cada móvel adquirido.
 
Cadeiras ‘Recife’ desenvolvidas para as suítes
 do Hotel Meliá Confort Jesuíno Arruda
(foto: divulgação)
 
“É um ponto bem delicado. Cerca de 70% da madeira retirada da Amazônia é para consumo brasileiro. Precisamos mudar esta ideologia. Na Europa, por exemplo, só se compra móveis de
eucalipto, que ajuda na recomposição do solo e na melhoria de sua permeabilidade. Lá já existe esta preocupação de filtrar o que se consome e é disso que precisamos”, argumenta.
(Dênis Matos)