O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil fechou o terceiro trimestre alta de 0,8% frente aos três meses anteriores. Em valores correntes, o PIB totalizou no período R$ 1,716 trilhão, informou hoje (30) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado veio em linha com boa parte dos analistas do mercado consultados pela Bloomberg e pela Reuters.

Na avaliação dos especialistas, o desempenho reitera a recuperação, mesmo que leve, da economia após os efeitos da greve dos caminhoneiros. Trata-se da taxa mais alta nessa comparação desde o primeiro trimestre de 2017, quando o PIB cresceu 1,1% em relação ao trimestre anterior. Considerando apenas o terceiro trimestre, é o melhor resultado desde 2012. No segundo trimestre, ainda impactato pela incerteza das eleições, a economia avançou 0,2%.

No período, segundo o IBGE, a agropecuária expandiu 0,7%, enquanto a indústria 0,4%. Os serviços, segmento onde se encaixa o turismo, subiram 0,5%. Apesar de apresentar a maior alta, o agronegócio não foi o grande responsável pela performance. Segundo o IBGE, por ter maior peso na economia, foram os serviços que mais influenciaram a taxa de crescimento.

PIB - alta no consumoA alta no consumo das família ajudou no resultado

Em relação ao terceiro trimestre de 2017, a alta verificada foi de 1,3%. O resultado, contudo, ficou abaixo do esperado por analistas. Os profissionais ouvidos pela Bloomberg, por exemplo, previam crescimento de 1,6% nessa base de comparação. Ainda assim, o desempenho deve ser relativizado diante da base mais fraca de comparação.

A pesquisa do IBGE mostrou que, no período, outro destaque foi o aumento de 6,6% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). O desempenho é positivo em um cenário em que os juros permanecem em mínima histórica e os investimentos ficaram travados durante a greve. Já a taxa de crescimento nos investimentos, de 7,1%, é a mais forte desde o quarto trimestre de 2009. Outro destaque foi o consumo das famílias, bom indicativo para o turismo, que avançou 0,6%. A base de comparação é sempre o trimestre anterior.   

PIB: revisão

O Brasil cresceu mais do que o inicialmente projetado no início deste ano e no final de 2017, de acordo com dados revisados pelo IBGE. No primeiro trimestre de 2018, o PIB registrou expansão de 0,2% em relação aos três meses anteriores, repetindo a taxa vista no segundo trimestre. Antes o IBGE havia informado elevação de 0,1% de janeiro a março.

O crescimento no quarto trimestre de 2017 também foi de 0,2%, depois de o IBGE ter divulgado anteriormente estagnação. Com isso, a atividade econômica do Brasil cresceu a uma taxa de 0,2% por três trimestres consecutivos. O instituto também informou que o PIB brasileiro fechou 2017 com crescimento de 1,1%, ante 1%informado antes.

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(*) Crédito da capa: geralt/Pixabay

(*) Crédito da foto: stevepb/Pixabay