Pelourinho, um dos cartões postais de Salvador
(foto: divulgação / Setur-BA / Fernando Dallacqua)

Acompanhando um declínio já sentido no mês de abril, a hotelaria de Salvador apresentou em maio taxa média de ocupação de 40,44% e diária média de R$ 236,28, resultando em um RevPar de R$ 95,55. De acordo com a ABIH-BA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia), esta taxa de ocupação corresponde a mais baixa dos últimos cinco anos, período em que a pesquisa Taxinfo teve início. 

Passado a alta temporada, hotéis da região tiveram suas apreensões confirmadas para o decorrer do ano, quando o segmento de lazer desaquece. Comparando-se os dados de maio deste ano com o desempenho do mesmo período do ano anterior, verifica-se uma piora considerável na taxa de ocupação, que passou de 49,84% em maio de 2015 para 40,44% em maio de 2016, de acordo com o estudo.

Com relação a abril de 2016 – considerado um dos piores da história da hotelaria soteropolitana – também observa-se queda na taxa de ocupação, que passou de 43,11% em abril para 40,44% em maio.

Dos quatro Polos hoteleiros da cidade coube ao de Itapuã-Stella Maris o melhor desempenho, seguido pelos hotéis da Barra/Rio Vermelho, Centro/Pelourinho e Stiep/Pituba.

As informações da Infraero sobre o movimento de passageiros no aeroporto da capital revelam que a queda no movimento de passageiros em Salvador entre janeiro e abril de 2016 (16,8% menos passageiros do que no mesmo período de 2015) foi muito mais profunda do que a crise revelada na rede Infraero nacional (menos 8,4% de passageiros nos primeiros quatro meses de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior).

"A situação é dramática. Se não houver respostas urgentes no que se refere à definição da data de reabertura do Centro de Convenções e campanhas de mídia efetiva no Brasil e no exterior, outros hotéis deverão fechar suas portas e mais demissões ocorrerão. Até o momento ainda não tivemos a divulgação da programação do São João o que poderia representar um alívio para a hotelaria", pondera Glicério Lemos, presidente da associação hoteleira.

Com relação à diária média, o dado anotado foi de 12,1% de subida nessa taxa, passando de R$ 210,77 em maio de 2015 para R$ 236,28 em maio de 2016, resultado este superior à inflação do período, estimada em cerca de 10%. No comparativo com o mês anterior (abril de 2016) há uma ligeira melhora na diária média, que passou de R$ 225,51 para R$ 236,28, em maio de 2016.

Serviço
abihbahia.org.br