Dando continuidade à programação do R1 Talks ESG, evento realizado hoje (24) em São Paulo, Thais Scharfenberg, consultora em Desenvolvimento Sustentável, comandou o painel O Brasil no centro do mundo ESG: highlights COP30.
Em sua explanação, a palestrante comentou sobre como Belém, a cidade que sediou a conferência, “abraçou” o evento e as oportunidades geradas por ele. “A COP30 marcou um ponto de virada, com o Brasil liderando o regime climático global, e com decisões históricas que moldam políticas, investimentos e ESG”, disse Thais.

Neste ano, segundo a consultora, o evento trouxe diretrizes importantes para os setores público e privado, direcionando regulações e modelos de negócio, além de sinalizar riscos e oportunidades para investidores. “Quando falamos das diretrizes que serão cobradas, diversas frentes e iniciativas são movimentadas, como a compensação de carbono, entre outros”, ressaltou.
Thais pontuou, em sua participação no R1 Talks ESG, que 195 partes aprovaram o Pacote Belém, o maior conjunto de decisões desde o Acordo de Paris. Foram 29 decisões focadas em pontos como transição justa e financiamento da adaptação para o ESG. “Esse documento reforça uma ambição coletiva e garante a continuidade do processo até 2030, conectando os resultados das COPs à vida real”, explicou.
Insights e legado
Entre as decisões importantes do Pacote Belém, está a Decisão Mutirão, que colabora para aumentar a ambição em mitigação, adaptação e investimentos em iniciativas ambientais. “Além disso, temos a Agenda de Ação, com mais de 480 iniciativas que mobilizam empresas, cidades, investidores e sociedade civil”, afirmou a palestrante.
O maior legado da conferência, apontou Thais, foram os indicadores globais de adaptação. “Dentro dessa agenda, começamos a colocar indicadores para medir resiliência para proteção de vidas, serviços essenciais, capacidade de resposta a eventos extremos, infraestrutura crítica, saúde, água, alimentos e ecossistemas”, endossou.
Durante a COP30, uma das principais decisões foi a de triplicar o financiamento da adaptação ambiental até 2035, mobilizando US$ 1,3 trilhão por ano até este período. “A COP é um grande ambiente de negócios, com muitas reuniões acontecendo e decisões importantes sendo tomadas e compartilhar boas práticas entre os países”, concluiu.
(*) Crédito das fotos: Lucas Barbosa/Hotelier News

















