cnc- turismoResultado é 8,4% superior ao registrado em setembro deste ano

O turismo nacional movimentou R$ 20,3 bilhões em outubro, informa a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Segunda alta consecutiva no indicador, o resultado é 8,4% superior a setembro e 8,1% maior do que igual período de 2018. Os dados integram o ICV-Tur-CNC (Índice Cielo de Vendas do Turismo da CNC), que tem como base as taxas de variação da pesquisa da Cielo e reiteram a expansão do setor de serviços.

CNC: tendência de alta

Segundo o ICV-Tur-CNC, em função do início da alta temporada, a tendência é de alta nas vendas do setor neste fim de ano. Ainda assim, para José Roberto Tadros, presidente da CNC, as atividades turísticas têm se beneficiado da atual conjuntura econômica. “O quadro tem sido benigno para as empresas das atividades ligadas ao turismo. O consumo vem sendo alavancado por fatores como 13º salário, férias e FGTS. Além disso, os juros em declínio e preços estáveis ajudam a impulsionar os serviços turísticos”, avalia Tadros.

No intervalo de 12 meses (novembro/18 a outubro/19), as vendas do turismo nacional aumentaram 1,1%, somando R$ 224,2 bilhões, frente igual período anterior. Alexandre Sampaio, diretor da CNC que coordena o Cetur (Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade), faz outra observação sobre o momento do mercado. “O movimento das vendas em torno da Black Friday reforça a tendência de alta em novembro e dezembro, e que pode refletir nos primeiros meses do ano que vem também”, avalia Sampaio, que preside a FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação).

Por causa da distribuição da riqueza e da concentração da população, a região Sudeste geralmente se destaca. Entre os estados, São Paulo segue na liderança no volume de receitas do turismo superando R$ 8,37 bilhões, o que representa 41,3% do faturamento de todo o País. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com R$ 2,17 bilhões (10,7% do total). “As vendas do turismo no mercado fluminense variaram positivamente, muito em função do Rock in Rio, uma vez que a taxa subiu 11,8% frente a setembro, mês que já tinha sido 4,1% maior do que agosto, criando tendência de elevação para o final de ano e férias”, finaliza Antonio Everton, economista da CNC.

(*) Crédito da foto: JESHOOTS-com