Booking.com - reestruturação Mudanças devem afetar 4,3 mil funcionários da empresa

A crise gerada pelo coronavírus não afetou apenas os hotéis, mas também as OTAs. Enquanto o Expedia Group viu sua receita cair 82% no segundo trimestre deste ano, a Booking.com anuncia reestruturação que reduzirá sua força de trabalho global em 25%, cerca de 4.300 mil funcionários, segundo informações do Skift.

"No meu coração, por muito tempo, esperava que isso não acontecesse", diz Glenn Fogeel, CEO da empresa, em comunicado aos colaboradores. “Desde o início, trabalhamos duro para proteger empregos. No entanto, nada pode atenuar o impacto que essa crise teve e continuará tendo no setor de viagens e nos nossos negócios".

A Booking.com, sediada em Amsterdã, é de longe a maior marca do portfólio da Bookings Holdings, e tinha cerca de 17.500 funcionários em mais de 200 escritórios em todo o mundo. A plataforma, que está presente em mais de 65 mercados, relutou em detalhar com precisão quantos funcionários perderiam seus empregos porque esse número está sujeito, em parte, a conversas com seu conselho na Holanda e leis abrangentes em jurisdições.

“A empresa espera finalizar seus planos e fazer anúncios relevantes aos funcionários país por país a partir de setembro de 2020, e concluir até final de 2020”, informou. A Booking Holdings afirmou que, devido ao processo de consulta necessário em alguns países, ainda não foi possível estimar os custos relacionados.

A controladora com sede em Connecticut, nos Estados Unidos, tinha 26.400 funcionários no final de 2019. Mas suas marcas Kayak e OpenTable disponibilizaram ou demitiram cerca de 400 funcionários em abril, e a empresa irmã Agoda em Cingapura se separou de cerca de 1.500 colaboradores em maio.

Concorrentes executaram cortes de empregos meses atrás. O Grupo Expedia dispensou 12% de sua força de trabalho, quase 2.900 funcionários, ainda em pré-pandemia em fevereiro. Já o Tripadvisor cortou um quarto de sua equipe, mais de 900 colaboradores em abril, e o Airbnb também demitiu 25% de sua equipe, cerca de 1.900 trabalhadores, em maio.

Booking.com: reestruturação

A plataforma aceitou uma rodada de fundos governamentais de assistência na Holanda há vários meses, enquanto tentava determinar seus planos de longo prazo, mas não tomou uma rodada subsequente, pois a empresa percebeu que os cortes de funcionários seriam necessários diante do impacto da crise nos negócios.

A companhia não divulgou nenhuma informação sobre sua estratégia de reestruturação e quais partes da Booking.com foram mais afetadas.

(*) Crédito da foto: riccardogiorato/Unsplash