Já é difícil a nossa profissão que sofre todo tipo de pressão no dia a dia, imagine com a pandemia. O rescaldo com a reabertura dos hotéis é um aprendizado único e pelo qual nunca passamos; é verdade que já estamos acostumados com a dinâmica da nossa profissão, não há um dia igual ao outro, literalmente.

Quando falamos de controle emocional não podemos deixar de frisar o grande desafio – para todos em todas as profissões – de enfrentamento das dificuldades, as incertezas, insegurança e medo, sim, medo. Por isso que uma das ferramentas mais usadas por especialistas corporativos, religiosos, sociais, acadêmicos, etc, é a motivação. Um líder se destaca pela capacidade de motivar a equipe e, principalmente, automotivar-se com todas as adversidades que encontramos. Não é fácil, mas não é impossível.

A psicologia positiva nos ajuda a encontrar um norte, uma referência. Não é à toa que é a matéria mais procurada na história de Harvard, por exemplo, conhecida pela sua excelência e importância acadêmica desde 1673, há 347 anos em funcionamento. Ver sempre o copo meio cheio não é se iludir, mas é certificar-se de uma realidade e mudar a perspectiva. Estamos com 20% de ocupação? Sim, mas o hotel está aberto. A equipe foi reduzida? Sim, mas nós que estamos aqui temos que fazer o máximo para ajudar na retomada para reintegrar a equipe que está em casa. Poderia ser você em casa, ou se você é um daqueles que está em casa, espera, no mínimo, que seja considerado desta forma pelos colegas que estão trabalhando.

Outros aliados importantes também nos ajudam, principalmente quando estudamos algum tema específico, sobretudo para quem está em casa. De fato, não importa muito o tema, mas sim o estudo. Quando estudamos – verdadeiramente – nos dedicamos, nos aprofundamos e temos dúvidas, muitas dúvidas e isso é bom, muito bom. Nos ajuda a ter perspectiva sobre aquele tema, analisar o conteúdo e conhecer outros pontos de vista, essa dinâmica é fundamental para quem precisa de motivação.

Atribuem, supostamente, a Pestalozzi, pedadogo suíco (1746 a 1827), alguns pensamentos incríveis e que nos ajudam a refletir sobre este momento que passamos, um deles diz: “A vida educa. Mas a vida que educa não é uma questão de palavras, e sim de ação. É atividade.” Mas a que mais gosto é a seguinte: “Podemos classificar 4 estágios do aprendizado: no primeiro a pessoa não sabe que não sabe, no segundo a pessoa sabe que não sabe, no terceiro a pessoa sabe que sabe e no quarto, a pessoa esquece que sabe.”

Quando você sabe que não sabe, abrem-se as portas da pesquisa, da procura, do estudo, da autoconsciência que precisa saber, de fato, mais a respeito. E você? Conhece a sua profissão? Está buscando apoio emocional para enfrentar esse momento?

Um dica de uma obra de apoio: “Psicologia positiva – Claudemir Oliveira” – https://www.seedsofdreams.org/books/

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Ronaldo Albertino está há 38 anos na indústria hoteleira, atualmente é diretor da HotelCare, com atuação em desenvolvimento hoteleiros e relacionamento com investidores. Participou no desenvolvimento, implantação e pré-operação de mais de 30 projetos hoteleiros no Brasil e exterior. Ex-professor de graduação e pós no SENAC CEATEL, com cursos de especialização na ISAE/FGV. Especialista em criação, desenvolvimento, implantação e operação de marcas hoteleiras.

(*) Crédito da foto: divulgação/Ronaldo Albertino