Dentre as praças brasileiras que mais sofreram no pós-pandemia, Salvador se destaca. A capital baiana amargou baixos índices de performance, tanto de lazer quanto corporativo, mas o jogo, felizmente, virou. De acordo com dados da ABIH-BA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Regional Bahia), o primeiro semestre de 2024 encerrou com recorde de ocupação para o período após a crise gerada pela Covid-19, porém ainda inferior ao registrado em 2019.

No primeiro semestre de 2024, Salvador obteve uma ocupação média de 59,86%, que é o maior índice para o período desde o início da pandemia, embora ainda ligeiramente abaixo dos 61,55% registrados em 2019. A diária média dos hotéis no semestre foi de R$ 651,15, o que representa um crescimento de 122% em comparação com o mesmo período de 2019 e um aumento de 19,5% em relação ao primeiro semestre de 2023. Esta valorização contínua das diárias reflete uma tendência observada ao longo dos últimos dois anos.

Wilson Spagnol, presidente da ABIH-BA, avaliou os resultados do semestre como positivos e destacou a expectativa para o mês de julho. “Em julho teremos o desafio de tentar alcançar uma taxa de ocupação similar ao ano passado, que foi o melhor resultado de julho dos últimos 12 anos, com uma taxa de 63,95%,” afirmou. Segundo ele, a demanda durante as férias escolares tende a aumentar em relação ao segundo trimestre do ano, tradicionalmente mais fraco. “Nossa expectativa é que a ocupação ultrapasse os 60% e que a diária média continue a se valorizar,” completou o executivo.

Junho

Em junho de 2024, a rede hoteleira de Salvador apresentou uma taxa média de ocupação de 52,89%. Este índice é superior ao de 47,11% registrado no mesmo mês do ano passado e indica uma recuperação consistente da hotelaria local desde o início da pandemia. A diária média dos estabelecimentos foi de R$ 547,37, marcando um aumento de 17,4% em comparação com junho de 2023. Com isso, o RevPar cresceu 32% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 289,52.

A demanda no mês de junho foi sustentada tanto pelo turismo de lazer quanto pela agenda de eventos e congressos em Salvador, que impulsionou o mês de maio. Durante o mês, a ocupação média durante a semana superou a dos finais de semana, com alguns dias específicos alcançando taxas superiores a 65%. Esse aumento na demanda elevou também as diárias médias, refletindo o impacto positivo dos eventos no setor hoteleiro.

(*) Crédito da foto: Pixabay